A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) chamou a atenção, nesta segunda-feira (28) para o aumento da emissão de gases no Brasil e para a pior seca que está atingindo o Nordeste do Brasil, que é a pior dos últimos 40 anos. A parlamentar baiana foi uma das que integraram a missão brasileira durante a COP 22, evento das Nações Unidas (ONU), sobre Mudança do Clima realizado no Marrocos e que reuniu representantes de 195 países signatários.
“O principal objetivo da COP 22 foi regulamentar os detalhes do Acordo de Paris, visando conter as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2°C. Para tanto, cada país apresentou metas voluntárias para implementar o acordo em seus próprios territórios, a chamada Contribuição Nacionalmente Determinada”, disse.
Para Lídice da Mata, o esforço, agora, e cada vez mais, passa a ser global, seguindo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias de cada nação. “Desta forma, mesmo os países com menores condições econômicas se tornam responsáveis por garantir o esforço mundial de proteção climática, dando sua parcela de contribuição”, completou.
A senadora baiana lembra que o compromisso do Brasil é o de reduzir em 37% as emissões até 2025, com indicação para chegar à redução de 43% em 2030, na comparação com os níveis registrados no ano de 2005. “Entre outros resultados, nossa delegação defendeu maior apoio financeiro aos países emergentes para reduzir o desmatamento e proteger as florestas”, explicou.
Biocombustíveis – Lídice ressaltou que ainda durante a COP 22, o Governo brasileiro lançou a Plataforma Biofuturo, para incentivar o uso de biocombustíveis no Brasil e no mercado internacional. “Foi uma das ações mais importantes da presença da nossa Bancada brasileira, digamos assim, e teve a participação de 20 países e a presença dos dois Ministros, o Ministro do Meio Ambiente e o Ministro da Agricultura, no lançamento desse novo desafio”, comemorou a senadora que disse ainda que o Brasil passa a ter posição pioneira na discussão do uso de biocombustíveis no setor de transporte, bem como na ampliação da matriz energética de base renovável.
Para ela, tais medidas contribuem para preservar florestas, nascentes, diminuir a poluição ambiental, com menos emissão de gases poluentes, e, ainda, incentivar a produção agrícola de baixa emissão de carbono.