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O grupo de taxistas que fez um protesto na Avenida ACM entrou em conflito com a Polícia Militar na manhã desta terça-feira (22). A confusão começou por volta das 8h40, quando equipes do Esquadrão Águia tentaram liberar uma parte da via para permitir o tráfego de veículos, mas o grupo não permitiu. 

Até outro táxi, que estava com uma passageira, foi impedido de passar. Nervosa, ela deixou o carro e foi levada para outro veículo, longe do protesto. Na profissão há 35 anos, o taxista auxiliar Rubens Romualdo da Silva, 61, foi hostilizado pelos colegas durante o protesto. “Eu tenho dificuldade, mas consigo pagar minha diária”, afirmou. Rubens foi impedido de seguir viagem para o Cabula.

Após a confusão, os taxistas liberaram a via. O protesto começou por volta das 7h, na região do Iguatemi, próximo ao Shopping da Bahia, e gerou, segundo a Transalvador, cinco quilômetros de congestionamento. Durante a confusão, alguns taxistas eram a favor de encerrar o protesto para evitar mais prejuízo à população que não consegue transitar.

Grupo impediu a passagem de táxi durante protesto
(Foto: Tailane Muniz/CORREIO)

“Por mim a manifestação pode parar, acho que temos que dar o direito às pessoas de ir e vir. Nossa manifestação é pacífica e já está na hora de dispersar”. “Uma manhã dessa de protesto custa muito para a gente”, disse Irineu Sales, 41, taxista há três anos.

Para ele, a solução é impedir que o Uber continue funcionando. “O que resolveria nosso problema é o bloqueio do Uber, hoje estamos passando essa necessidade por causa dele aplicativo”, finalizou.

Prefeitura já apreendeu 220 veículos do Uber este ano
Em nota, a prefeitura se posicionou, através da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), defendendo que houve a intensificação do combate ao transporte clandestino. “A Semob esclarece que uma série de operações vem sendo realizadas na cidade desde o início de 2016 e, no total, já foram apreendidos 650 veículos que realizam transporte ilegal, sendo que 220 (destes) são veículos do aplicativo Uber”, informou.

Ainda segundo a Semob, as ações de fiscalização ocorrem diariamente com o apoio da Polícia Militar. As operações são sustentadas pela Lei Municipal 9.066/2016, que determina o pagamento de multa no valor de R$ 2.500,00  (na primeira ocorrência) caso o motorista seja flagrado fazendo transporte clandestino. A mesma lei estabelece que em casos de reincidência esse valor dobra.

Quem tem o veículo apreendido, além da multa, paga pela remoção do veículo, que varia de R$ 309,27 a R$ 804,09 (a depender do porte), e a diária no pátio da Transalvador, que vai de R$ 49,48 a R$ 841,21.

Tailane Muniz – CORREIO

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