O deputado estadual Alex Lima (PTN) usou a tribuna para esclarecer e lamentar o episódio de agressão ocorrido no município de Cipó, onde foi coagido e ameaçado por militares da 21ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). Além disso, o parlamentar ainda pediu providências sobre o caso, através de ofício enviado ao secretário de Segurança Pública (SSP), Maurício Barbosa, e ao governador Rui Costa (PT). “Vou encaminhar ofício ao Comandante Geral da Polícia Militar, à SSP, ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia e ao governador Rui Costa relatando o ocorrido e pedindo providências sobre o ocorrido. As instituições precisam cumprir o papel que nossas leis estabelecem”, disse o parlamentar, ressaltando que foi desrespeitado como cidadão. “Quero a relação com os nomes dos policiais envolvidos na ação, pois sou um cidadão que sempre tratou as pessoas com respeito e não vou aceitar que a polícia nos trate com deboche e truculência”, afirmou.
A ação envolvendo o parlamentar, ocorreu na noite do último sábado (21) após Lima ter saído da inauguração do comitê do candidato que apoia na cidade. Já na estrada, o parlamentar recebeu uma ligação informando que o advogado e amigo pessoal, Enzo Ramos, estava detido em Cipó após desentendido com militares que estavam apreendendo motos e não queriam ser filmados ou fotografados. “Retornei à cidade e já fui recebido na porta da delegacia por policiais com armas em punho. Me dirigi com respeito e atenção, como faço com todos, e perguntei quem estava no comando da operação. A partir dali iniciou-se um show de agressividade e ainda ouvi de um dos militares que “se desse mais um passo iria ver o que aconteceria”. Me identifiquei como parlamentar e eles começaram a debochar afirmando que não tinham medo de ‘doutor deputado’. Respondi que não deveriam ter medo, mas que deveriam respeitar os cidadãos. Não só eu, mas todo o parlamento baiano foi desrespeitado diante do deboche feito pelos militares. Nem na época do ‘Carlismo’ presenciei tanta truculência como em Cipó”, relatou.
Ainda de acordo com o deputado, a Polícia Militar da Bahia é uma instituição séria e não merece ser representada por homens que não respeitam a farda. “Quero deixar claro que respeito e admiro a polícia baiana, mas cidadãos como estes, que atuam em Cipó, não tem honra para vestir a farda da PM. Se eles agiram desta forma comigo, que tenho prerrogativa para entrar em qualquer órgão público, imaginem o que fazem com a população mais carente. Tenho certeza que este tipo de comportamento agressivo e truculento não condiz com a nossa PM.”, afirmou.
A situação em Cipó só foi resolvida após intervenção do major responsável pela região. Na frente da delegação algumas dezenas de pessoas se juntaram pedindo a liberação do advogado, que foi solto minutos depois. “Hoje eu entendo os problemas de falta de segurança em Cipó. Ficou claro que a população tem medo da truculência e agressividade dos policiais. No entanto, quero que o município de Cipó tenha certeza que minha voz estará sempre à defesa da população, pois eu não tenho medo de nenhum tipo de represália.”, disse o deputado.