Os bancários da Bahia lançaram a campanha salarial 2016 em grande estilo, nesta sexta-feira (12/08). Com muita irreverência, os trabalhadores chamaram a atenção para os principais problemas enfrentados nas agências e apresentaram pontos da pauta de reivindicações.
O fim das demissões é o destaque neste ano. No primeiro semestre, os bancos em atividade no país fecharam 6.785 postos de trabalho. Com número reduzido de funcionários, as dificuldades aumentam para todos, inclusive clientes.
“A demora nas filas é um problema comum de todos os bancos”, disse Edivaldo Campos, 29 anos, correntista do BB e que fez questão de acompanhar o lançamento da campanha salarial, no Banco do Brasil do Comércio, em Salvador. A queixa de Cristiana Santana é a mesma. Ela destaca que a lei dos 15 minutos não é respeitada. “Existe uma espera que dura horas, antes da abertura da unidade para a obtenção das senhas”, diz.
Não há motivo para as empresas economizarem tanto. O sistema financeiro é o mais lucrativo da economia nacional, no primeiro trimestre deste ano obteve lucro líquido de R$ 14,3 bilhões. Portanto, pode dar atenção melhor aos bancários e aos clientes.
A categoria, que tem data base em 1º de setembro, vai cobrar logo nas primeiras negociações, marcadas para os dias 18 e 19 de agosto, propostas das empresas. A expectativa é boa. O presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, espera que os bancos apresentem sugestões condizentes com os lucros.