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Três dos nove representantes brasileiros do boxe na Rio-2016 se formaram na mesma academia, a Champions, que fica no bairro da Cidade Nova, na periferia de Salvador. Na história da Olimpíada, a Bahia é há doze anos o principal Estado a fornecer atletas para o esporte no país.

Ao todo, nada menos que 11 boxeadores que foram aos Jogos Olímpicos saíram da academia Champions, comandada pelo treinador Luiz Dórea. Ele é tido como uma espécie de Midas por revelar nomes importantes da luta no Brasil. O primeiro foi Joílson Santana, que disputou a Olimpíada de Seul, em 1988. O treinador, além dele, formou o tetracampeão mundial Acelino Popó Freitas e integrantes dos times masculino e feminino do país na Rio-2016.

Treinados por Dórea, Conceição está nas semifinais da peso ligeiro (até 60 kg) e já garantiu medalha, Robenilson de Jesus segue na competição na categoria de peso galo (até 56 kg) e Adriana Araújo lutou, mas não evitou a eliminação dos Jogos na sexta-feira (12).

A Champions funciona como projeto social e atendeu cerca de seis mil crianças e adolescentes nas últimas três décadas com aulas gratuitas de boxe. O projeto é mantido por Dórea com recursos próprios e com a ajuda de ex-alunos. “É quase um milagre formar tantos atletas de nível sem nenhum apoio do poder público. Conseguimos fazer da Bahia o coração do boxe no Brasil”, diz Dórea, que foi treinador da seleção brasileira de boxe em Atenas-2004 e Pequim-2008.

DESTAQUE BAIANO – A Bahia teve destaque em quase todas das últimas participações do boxe brasileiro na Olimpíada. Nos últimos quatro Jogos -Rio, Londres, Pequim e Atenas- 17 das 30 convocações foram direcionadas a atletas do Estado. Alguns, por mais de uma vez. Em Londres-2012, Adriana, nascida em Salvador, conquistou a medalha de bronze. E assim como ela, os soteropolitanos Conceição, Erika Matos e Everton Lopes, além de Robenilson, de Boa Vista do Tupim (no interior da Bahia) compuseram a equipe de dez atletas.

Na mesma edição dos Jogos, os irmãos Esquiva (capixaba) e Yamaguchi Falcão (paulista) foram responsáveis por uma prata e um bronze, respectivamente. Quatro anos antes, em Pequim, cinco dos seis boxeadores brasileiros na Olimpíada eram oriundos do Estado nordestino: além de Robenilson, Paulo Carvalho, Everton Lopes e Conceição, Washington Silva, dos meio-pesados (81 kg), também marcou presença.

Em Atenas-2004, mais um evento em que os baianos foram predominantes: Silva, Alessandro Matos e Edvaldo de Oliveira (o “Badola”) compuseram a equipe de cinco boxeadores. Já em Sidney-2000, dos seis atletas, dois eram de Cruz das Almas, no recôncavo baiano: Cleiton Conceição e Valdemir Pereira, o “Sertão”. Em Sidney, Atenas e Pequim o boxe brasileiro não obteve medalhas.

Por Folhapress | Fotos: Reuters/Peter Cziborra

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