Para o período, R$ 7 milhões foram investidos em segurança e 4 mil profissionais empregados, entre policiais militares, civis, federais, agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT), bombeiros e guardas municipais. A segurança será reforçada nos locais dos jogos e também em pontos turísticos, nos hotéis onde ficarão hospedadas as delegações, nos centros de treinamento, Aeroporto, Rodoviária e estações de transbordo. Além disso, uma Delegacia Móvel da Polícia Civil foi instalada em frente à Arena Fonte Nova para facilitar o registro de ocorrências.
Nos dias de jogos, na área do estádio, haverá modificação no trânsito e um controle de acesso nos três níveis. Na barreira mais externa, o acesso a pé será livre e apenas veículos com identificação terão permissão para transitar. O segundo nível será liberado somente para pessoas com ingressos para as partidas do dia e os carros passarão por revista e varredura antibombas. Detectores de metais também serão utilizados no perímetro do estádio propriamente dito.
Itens proibidos e estratégias de segurança
Para ter acesso à Arena Fonte Nova, os torcedores não poderão portar itens como bastão monopod (conhecido como pau de selfie); objetos cortantes e perfurantes; guarda-chuvas; capacetes de moto; armas de qualquer tipo; fogos de artifício; bebidas e alimentos; garrafas, copos e recipientes; substâncias químicas e narcóticos; animais; lasers e similares; escadas e bancos; rolos de papel higiênico; megafone e buzinas; pó, farinha e substâncias similares; equipamento de gravação e som que não seja para uso privado; bolas infláveis e qualquer tipo de material de cunho ofensivo, religioso ou político.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, as estratégias de segurança se adaptaram desde a realização de outros grandes eventos no país. “Nosso objetivo é garantir a segurança e a comodidade das pessoas que vão frequentar os jogos, das delegações e dos soteropolitanos. Nós modificamos muitos protocolos desde a Copa das Confederações e da Copa do Mundo porque entendemos que o panorama internacional é diferente e se volta muito para a questão do terrorismo. A atual preocupação das forças de segurança, das Forças Armadas e dos órgãos de inteligência se volta para neutralizar possíveis atentados terroristas”, explica o secretário.
Inaugurado em julho, o Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública 2 de Julho é a nova aposta para prevenir atentados e garantir a ordem durante a competição. Com câmeras espelhadas por toda a cidade, o centro permite uma resposta rápida aos eventos que ameacem a segurança. O Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICC-R) vai funcionar 24 horas por dia na unidade, com profissionais da defesa e da segurança.
Ações na Saúde
Se unindo às forças da segurança pública, o serviço público de saúde está mobilizado para atender a eventuais ocorrências durante a realização dos jogos, sejam traumas ou situações envolvendo agentes químicos ou biológicos. Uma central estadual de regulação estará instalada na Arena Fonte Nova, com capacidade para mobilizar rapidamente o atendimento, sem interferir no atendimento normal de outras unidades de saúde. A operação ainda inclui 12 ambulâncias, sendo duas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Segundo o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, a rede do Governo do Estado está pronta e à disposição para atender a qualquer tipo de ocorrência. “Temos aqui em Salvador o único Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas do país, que está no Hospital Geral do Estado, com capacidade para atender até 25 pessoas simultaneamente, triando-as rapidamente para cirurgias ou atendimentos clínicos”, afirma Vilas-Boas.
O secretário acrescenta que “o Estado da Bahia investiu em mais plantões, colocando mais profissionais da saúde à disposição da população e toda a rede está mobilizada. Em caso de ataques biológicos, a referência será o Hospital Couto Maia; em casos de acidentes radiológicos, o Santa Izabel; enquanto o Roberto Santos atenderá acidentes com produtos químicos; e o HGE e Subúrbio são referências em traumas”.
Repórter: Anna Larissa Falcão
SECOM