Facebook
Twitter
Google+
Follow by Email

O policial militar reformado Wilson Antônio de Azevedo, 72 anos, vai ser indiciado pela tentativa de homicídio contra o motorista de ônibus Robson Cerqueira Horta, 39 anos, esta semana, na Avenida Suburbana. Ele alegou em depoimento a Celina Fernandes, titular da 29ª Delegacia Territorial (Plataforma) que agiu em legítima defesa, mas as imagens de segurança não comprovam a versão, segundo a delegada.

O PM reformado foi à delegacia acompanhado de um advogado e do filho, que é pastor da Igreja Pentecostal Profeta da Última Hora, nesta sexta-feira (22). Ele narrou que os dois discutiram e durante a briga o motorista sacou uma arma contra ele. Na confusão, o PM disse que conseguiu tomar a arma e atirou contra o rodoviário para se defender. Ele deixou a arma no ônibus e saiu acompanhado do filho.

Rodoviários protestaram após motorista ser baleado (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

O motorista foi ouvido pela delegada nesta manhã e contou outra versão. Ele, que ainda está com a bala alojada, disse que brigou com o PM reformado no dia anterior ao crime porque ele impediu o idoso de entrar no ônibus com um saco de peixes que estava vazando. No outro dia, o PM reformado voltou com o filho, que exigiu que o motorista pedisse desculpa ao pai, afirmando que se tratava de um idoso que não merecia ser impedido de entrar no coletivo. Durante a briga, disse o motorista, o idoso sacou uma arma e atirou.

Agora, a delegada pretende ouvir testemunhos de outras pessoas que estavam no ônibus. Mais imagens dos ônibus foram pedidas e serão analisadas – as que foram vistas até agora não comprovam a versão do PM reformado.

Wilson serviu na PM até 1978, quando foi reformado por problemas de saúde. Ele não tem antecedentes criminais e não há registros de casos similares o envolvendo. Como o tempo para autuação em flagrante já havia acabado, o suspeito vai responder em liberdade pela tentativa de homicídio.

CORREIO

You may also like