A toque de caixa. É assim que os bancos têm metido a navalha no bancário em 2016. De janeiro a abril, foram eliminados 4.572 postos de trabalho, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Para Augusto Vasconcelos, Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, “a redução de postos de trabalho penaliza os trabalhadores e a população, que sofre com a demora no atendimento por falta de funcionários. O setor financeiro continua obtendo altos lucros, mas demonstra que não tem compromisso com a sociedade.”
Os dados aumentam a sobrecarga e, consequentemente, o estresse entre os bancários. Se continuar neste ritmo, com mais de 1.140 vagas fechadas todos os meses, o setor bancário, o mais rico da economia nacional, pode terminar o ano com menos 13.680 empregos.
Número alarmante que deve mobilizar a continuidade de grandes manifestações por contratações, como as que têm sido feitas pelo Sindicato. Dinheiro é o que não falta para admitir. Só em 2015, os bancos lucraram R$ 69,8 bilhões.
A análise é feita a partir dos cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Os dados são resultados da soma dos demitidos dos bancos múltiplos com carteira comercial (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC), que extinguiram 3.254 postos de trabalho, e da Caixa, responsável pelo corte de 1.318 vagas.
Não entram na conta os números referentes aos bancos comerciais, múltiplos sem carteira comercial e bancos de investimento.