No repertório da apresentação, belas obras da música popular brasileira, da música internacional e outras que não fazem parte do cotidiano das crianças. A coreografia brincou com as emoções e transformou cenas do cotidiano em dança. Segundo a bailarina e coordenadora do Pílulas Dançadas, Mônica Nascimento, o objetivo do projeto é levar a arte a lugares onde as pessoas não têm acesso.
“É uma inclusão. A gente começa em uma energia e vai progredindo. [A coreógrafa] Morena Nascimento veio de São Paulo e fez o projeto com a gente. Não é uma coreografia pronta, a gente sempre cria mecanismos a depender do espaço. Se for em hospital é de um jeito, até o figurino muda”, explicou a coordenadora.
De acordo com a psicóloga Poliane Gomes, uma das coordenadoras do abrigo, a instituição acolhe 72 crianças e adolescentes de zero a 18 anos, encaminhadas pelo Ministério Público, pela Vara da Infância e pelo Conselho Tutelar por motivos diversos. Para Poliane, “o espetáculo traz uma nova maneira de ver a vida. É uma maneira de resgatar o ser criança de maneira mais lúdica, de ver o mundo com outros olhos. Depois, elas vêm e comentam como um espetáculo deste nível foi bonito. E [a partir daí] nós trabalhamos a identidade, a expressão e o conhecimento do corpo, por exemplo”.
Repórter: Raul Rodrigues
SECOM