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CREDITODaniele RodriguesSandra Jesus Silva, baiana, 41 anos, mãe de oito filhos e dona de casa. Sem conseguir arcar com as despesas do aluguel, Dona Sandra passou a morar em invasão. “Não tinha saneamento, água tratada, nada disso. Quando chovia, alagava tudo, passava rato, era arriscado pegar doença”, lembra ela. Dois anos e dois meses depois, ela conseguiu realizar o sonho da casa própria, graças ao Programa Minha Casa, Minha Vida. “Foi no dia 15 dezembro de 2014, uma segunda-feira. Eu chorei de alegria, de ter onde ficar com meus filhos e poder dormir despreocupada”, conta, com os olhos ainda marejados.

Desde então, ela mora no Residencial Fazenda Grande 8-B, num apartamento de dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. A filha caçula, Maria Clara, de 1 ano e seis meses, já nasceu na nova casa. “Quando ela tiver maiorzinha, ela vai saber da sorte que teve”. Pra Davi, de sete, o lugar já é o seu favorito. “Aqui é bem legal. O mais divertido é poder brincar”.

Dona Sandra também é mãe de uma criança especial; Vitória, de 12 anos, portadora de retardo mental. “Aqui, pra ela especialmente, melhorou muito, porque ela tem espaço pra andar, pode sair, brincar”. Mas o que a pequena Vitória gosta mesmo é de estudar: “Adoro a minha escola”, conta ela, aluna do 2º ano.

Novos tempos – São cinco meninas e três meninos. Dormiam todos juntos, com a mãe e o pai, num único cômodo que a casa improvisada tinha. “A gente fazia a divisão de cozinha e sala com cortina, e o banheiro era lá fora. Tinha que se virar, né?! O jeito era esse mesmo”, recorda Dona Sandra.

Neste domingo (09), quando se comemora o Dia das Mães, ela não quer nem sair de casa. “Minha comemoração é aqui mesmo, junto com eles”. E, se pudesse mandar uma mensagem para outras tantas mães baianas, que aguardam a realização do sonho da casa própria, Dona Sandra não tem dúvidas: “Diria pra eles terem fé, que pode demorar um pouco, é muita gente, mas um dia chega”.

Prioridade para mulheres – O Programa Minha Casa, Minha Vida tem, como um dos seus critérios de triagem na inscrição e seleção de beneficiários, famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar (conforme o disposto na Lei 11.977, de 7 de julho de 2009, que também prioriza famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas, e famílias da qual façam parte pessoas com deficiência). “É um Programa muito bom, porque tira muitas famílias da rua. É uma coisa que muda a sua vida”, garante Dona Sandra.

crédito foto: Daniele Rodrigues

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