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Codesal - Foto: ola bahia
Codesal – Foto: ola bahia

Com o seu projeto de reestruturação iniciado no ano passado, a Codesal ganhou uma subcoordenadoria de Análise do Clima e Sistema de Alerta. O setor é especializado em meteorologia mas com foco em defesa e proteção civil. Por isso segue padrões diferenciados dos mais utilizados pelo senso comum.

No lugar de responder, por exemplo, se o tempo garante a ida à praia, os profissionais do setor estão atentos a variáveis que, reunidas e analisadas, estabelecem as providências adequadas para evitar desastres e consequentemente salvar vidas.

“A nossa previsão não é sobre o tempo, mas sobre os riscos que uma chuva, por exemplo, pode trazer. Nossa preocupação é antever a ocorrência de eventos extremos”, explica o meteorologista e subcoordenador de Análise de Clima e Sistema de Alerta da Codesal, Ricardo de Sousa Rodrigues

O trabalho da subcoordenadoria tem papel essencial na orientação das ações do Plano de Proteção e Defesa Civil (PPDC) que além dos pluviômetros, conta agora com o apoio de moderna tecnologia como os prismas da Estação Total Robotizada (ETR).

Instalados na região do Santo Antônio Além do Carmo, eles emitem sinais para a ETR sobre a movimentação preliminar de terrenos que pode provocar um deslizamento.  Espalhados por várias áreas da cidade, os pluviômetros também ajudam nos dados sobre os índices de chuva, que, ao lado das informações do setor de meteorologia dão o panorama sobre a probabilidade dos riscos.

De acordo com Rodrigues, o trabalho de meteorologia em defesa civil envolve questões complexas, pois, além dos elementos mais técnicos é necessário conhecer de perto as áreas que estão sob análise. “Esse tipo de conhecimento torna a leitura dos dados mais consistente”, acrescenta.

O trabalho dos meteorologistas da Codesal envolve monitoramento das informações de forma constante. “Os fatores que analisamos mudam o tempo inteiro e envolvem muitas variáveis. Muitas vezes estamos monitorando esses elementos em Salvador, mas precisamos estar atentos às manifestações de outras regiões que podem produzir impactos na capital baiana”, afirma o meteorologista Giuliano Carlos do Nascimento.

Conforme o diretor-geral do órgão, Alvaro da Silveira Filho, a chegada desses novos profissionais ao quadro de colaboradores do órgão é um divisor de águas. “Mostra a preocupação da gestão municipal na prevenção, que é o nosso foco principal, dessa forma conseguimos minimizar e até evitar os acidentes”, conclui.

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