A líder do PT na Câmara Municipal de Salvador, Vânia Galvão, reitera que o resultado a favor do impeachment da Câmara dos Deputados, neste domingo, 17, não configura a concretização do processo. “O golpe não está consolidado, e não será; acreditamos na prudência do Senado, que não deverá negligenciar o resultado das eleições presidenciais nem as nossas lutas nas ruas pela democracia”, afirma.
A legisladora compara as manifestações populares contra o impedimento da presidente Dilma ao movimento pelas Diretas Já na década de 1980. “É a mesma luta; nossos artistas, intelectuais, estudantes, movimentos sociais estão todos firmes contra esse processo maquiavélico, contra a tentativa de tomada do poder no tapetão”, atesta. “Agora mais do que nunca temos que nos mobilizar para afirmar nossa indignação contra essa facção criminosa, covarde, misógina e retrograda; não podemos admitir um novo golpe no nosso país”, frisa a líder.
Segundo a vereadora, “ficou claro no discurso dos deputados que o processo não é pelo país, mas sim contra o PT, contra Lula e Dilma”. Vânia também chama a atenção para um possível retrocesso nos programas sociais. “Os mais pobres, os trabalhadores que perderão seus direitos serão os grandes prejudicados caso o golpe se concretize, basta ver a o programa a Ponte para o Futuro, do PMDB, que deveria se chamar a Ponte para o Atraso”, alerta. “Para evitar o caos, estamos confiantes que sensibilizaremos o Senado a votar a favor da democracia e contra a hipocrisia”, atesta Vânia Galvão.