O vereador Claudio Tinoco (DEM) afirma que os integrantes do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MSTS), que ocuparam um prédio em construção localizado no Horto Florestal, querem provocar a sociedade e forjar cobrança de solução ao Governo para serem contemplados, burlando os critérios obrigatórios, em programas habitacionais.
“Desta forma, é provável que eles sejam beneficiados com unidades habitacionais de programas como o Minha Casa, Minha Vida. É, claramente, uma forma de burlar a fila e isso é um crime. É, também, engraçado como eles pedem solução ao governo e participam de atos de apoio ao mesmo governo. Tem uma clara vinculação político-partidária”, contesta Tinoco.
Para o edil, os líderes usam pessoas carentes como cobaias para ficarem acampadas sem água e energia e depois voltam para o conforto de seus lares. Mensagens recebidas nas redes sociais afirmam que o objetivo dos líderes é ganhar “comissão” caso consigam que os invasores sejam contemplados. “Essa é uma forma ilícita de burlar os critérios de seleção dos programas de habitação. Eles cometem crime de invasão à propriedades privadas para forçar o governo a contemplar as famílias que pagam comissão. Por isso, muitas famílias inscritas nunca conseguem ser sorteadas”, afirma.
O vereador revela, ainda, que tem recebido inúmeras denúncias de que outras construções que também estão sendo invadidas pelo grupo, em locais como Jardim Armação, próximo ao Centro de Convenções, na Rua Augusto Lopes Pontes. “Isso precisa ser investigado e não podemos deixar impune. O Estado tem que garantir o direito à moradia, mas também da propriedade privada. Se eles realmente querem cobrar solução do Governo do Estado, por que não invadem as obras públicas inacabadas, por exemplo, da Feira de São Joaquim e do Centro de Convenções”, sugere Tinoco.