Setecentos atletas e paratletas de 21 estados brasileiros participam da etapa baiana do Campeonato Brasileiro de Karatê, iniciada na manhã desta sexta-feira (8), na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), em Salvador. Realizado pela Confederação Brasileira de Karatê, com apoio financeiro do Governo do Estado, por meio da Superintendência dos Desportos (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), o evento é uma seletiva para a etapa final da competição, que acontece em São Paulo, no mês de outubro.
O campeonato é disputado nos estilos kata e kumitê, nas categorias sub 7, 8, 10 e 12; cadete (15 e 16 anos); júnior (18 a 21 anos); sênior e master – a partir de 35 anos. No tatame, todo mundo tem a chance de mostrar o que sabe. Para a tricampeã paraibana Laís Santos, 13, participar da competição nacional alimenta o sonho de ser atleta profissional. “Estamos todos buscando dar o nosso melhor. Treinei forte para estar aqui e vou continuar lutando para conquistar títulos e, quem sabe, representar o país em eventos internacionais”, afirma.
Já para o paratleta Jucelino Oliveira Junior, que tem paralisia cerebral, estar entre os cerca de 300 baianos que disputam vaga na final representa muito mais do que a disputa por títulos. O esporte permite que ele se sinta incluído na sociedade. “Gosto de estar treinando e lutando junto com as pessoas. Isso me faz achar que todo mundo é igual”, explica.
Incentivo ao esporte
A inclusão social é uma das vertentes potencializadas no karatê e também serve como argumento no esforço para a modalidade se tornar esporte olímpico. A essência da luta como fator de mudança é marcante e vai ficar para sempre na vida do karateca Andrei Santana. O garoto de 20 anos recebe apoio do Programa Estadual de Incentivo ao Esporte Amador do Estado da Bahia (FazAtleta) para competir e reconhece a importância da iniciativa.
“Não tinha condições de viajar para competir, mas o FazAtleta me ajudou nesse sentido, incluindo os materiais. Isso é muito importante para mim , porque foi através do karatê que passei a levar a vida a sério. Hoje me considero uma pessoa disciplinada e focada”, diz Andrei.
Karatê na Bahia
As arquibancadas ficaram cheias durante as apresentações desta sexta (8). A precisão dos movimentos impressionou, assim como a capacidade da Bahia de realizar grandes eventos. De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Karatê, Luiz Carlos Cardoso, o estado tem oferecido condições para que os atletas se desenvolvam e, consequentemente, contribuam para o crescimento do esporte no país.
“A Bahia tem realizado diversos eventos importantes nos últimos tempos e tem dado conta do recado. O [Campeonato] Brasileiro de Karatê reforça isso. O desempenho dos atletas baianos também está em crescimento. Isso tudo ajuda na evolução do esporte”, destaca Cardoso.
Repórter: Leonardo Martins
SECOM