A Biblioteca Calasans Neto foi desativada há mais de um ano por conta das obras de requalificação da subprefeitura de Itapuã, onde era alocada. Porém, o espaço cultural, que abrigava acervos do artista de quem recebeu o nome, ainda não foi reativada, apesar do governo municipal ter se comprometido com a causa.
Considerado como um local que atendia satisfatoriamente a comunidade, a biblioteca deveria ter sido entregue em julho de 2015, data em que o município se comprometeu a devolver o espaço com uma nova estrutura que abrigaria novo acervo composto por doações e obras raras de Calasans.
“A população deixa de ter a sua disposição um instrumento de pesquisa fundamental, que faz parte de sua história e cultura e subtrai deles a possibilidade de maior conhecimento e disseminação, por um motivo desconhecido pela comunidade. Assim como os moradores de Itapuã querem saber, questionamos aqui o motivo da não realocação da biblioteca e reforçamos estar atentos às demandas de educação que não estão sendo devidamente valorizadas pela prefeitura.”.
Em contato com a Gerência Regional (GR) e a subprefeitura de Itapuã, a informação é de que não há nenhuma previsão ou informação sobre a reimplantação da biblioteca. Já a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação se comprometeu a averiguar a demanda, já que não tem certeza se é o órgão responsável pelo espaço cultural. No entanto, nenhuma informação foi dada até a publicação deste texto.
Sobre Calasans
Calasans Neto era artista plástico, sempre viveu em Itapuã e com sua arte levou a Bahia para o mundo, nas belas telas e ilustrações em muitos livros, inclusive os de Jorge Amado.
Acometido de poliomelite aos sete anos de idade, ficou com algumas seqüelas, porém nunca se sentiu como um portador das mesmas. Na academia, frequentou a Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia onde foi discípulo de Mário Cravo em gravura em metal e de Genaro de Carvalho em pintura e deixou em seu legado o acúmulo de habilidades como as de gravador, gráfico, editor e cenógrafo.