Este é o caso do ex-aluno do colégio e faixa preta, Heraldo Gonçalves, 41 anos, participante do projeto desde 2002 e que hoje ajuda outros jovens a acreditarem nos seus sonhos. “O projeto representa um poder de transformação na minha vida, pois, contribuiu muito para a minha formação enquanto cidadão”, disse o atleta.
O também ex-aluno e faixa-preta, Alexsandro Conceição, 27 anos, confirma que o karatê o ajudou a mudar de comportamento. “Eu era um aluno muito rebelde e brigava muito com os colegas. Por conta disso, o professor Rui me colocou no projeto para treinar durante um mês e fui gostando. Me disciplinei, concluí meus estudos e continuo até hoje porque acredito nesse projeto transformador de vidas”.
Karatê e valores
Na unidade escolar, o karatê tem seu espaço garantido de segunda a sexta-feira. Além dos exercícios práticos, são realizados momentos de discussão em grupo sobre valores, caráter e solidariedade. “Com a abertura do karatê para a comunidade, crianças, jovens e adultos que ficavam ociosos, hoje, têm um direcionamento no processo de formação cidadã”, conta o diretor.
Os estudantes Rubens Sena Junior, 17 anos, e Cleiton Carmo, 18 anos, acabaram de concluir o ensino médio no colégio e continuam praticando o esporte na instituição. “O karatê me ajudou durante todo o meu ensino médio, pois, era muito baderneiro e agora estou indo para o ensino superior com uma nova cabeça”, disse o ex-aluno, ao afirmar que continuará no projeto. Cleiton também fala sobre os benefícios do karatê para sua vida. “O karatê me fez superar minha ansiedade e timidez. Aprendi a ter mais atitude e autoconfiança”, destaca.
Participação familiar
O esporte também contribui para a integração e união da família. Moradores da comunidade, os pais Rui Antônio Lima, 37 anos, e Elizabete Chagas, 36 anos, ficaram encantados com o trabalho desenvolvido no colégio e resolveram inserir suas duas filhas no projeto, Solene Lima, 10 anos, e a pequena Luene Lima, de 4 anos.
“Minhas filhas se encantaram com o esporte e passaram a se concentrar mais nas atividades escolares. Hoje, também participo junto com elas e me divirto muito porque funciona como um momento a mais de interação entre mãe e filhas”, explica a mãe atleta. Solene diz que “o karatê é muito divertido porque podemos exercitar mais o corpo e fazer novos amigos”. Já Luene entrega no sorriso a satisfação em poder brincar e lutar na companhia da mãe, irmã e demais crianças da comunidade.
Fonte: Ascom/Secretaria da Educação do Estado da Bahia