A líder do PT na Câmara Municipal de Salvador, Vânia Galvão, retoma a história para analisar o movimento que ocorre neste domingo, 13 de março. Ele observa que “a passeata que ocorreu nesta mesma data em 1964, foi o pontapé inicial para que os militares aplicassem o golpe de Estado, gerando diversas perseguições, mortes e exílios a aqueles que se manifestaram contra o autoritarismo e segregações que caracterizaram o período da Ditadura Militar”. Conforme ressalta, “os militares entenderam que a população estava consentindo o golpe, e transformaram o país em um cenário de terrores, não podemos permitir que esta história se repita”.
Vânia dia que a manifestação deste domingo corresponde a um “ato orquestrado por opositores ao governo Dilma e ao PT que querem tomar o poder e acabar com as investigações de corrupção que só ocorreram no governo petista, após 500 anos de extorsão dos recursos do país”. A vereadora mantém suas críticas ao pedido de prisão do ex-presidente Lula. “Isso é mais imoral que o cinismo da oposição, não podemos deixar que destruam o processo de democratização de oportunidades promovido pelo PT, quem tem gerado conquistas sociais e econômicas ao povo brasileiro, especialmente aos mais pobres”, atesta.
Ainda com base na história, Vânia chama a atenção para a semelhança entre a tentativa de prisão de Lula e o assassinato político de Juscelino Kubitscheck em 1964. “A ditadura forjou a cassação de JK sob a alegação de que ele era corrupto; mas, na verdade, tratava-se do mito eleitoral e político daquela década, o candidato mais forte às eleições que iriam ocorrer em 1965”, destaca. “Qualquer semelhança com nossos tempos não é mera coincidência, é tentativa de golpe, não podemos nos render ao autoritarismo”, frisa.