A Cesta Básica de Salvador, calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em 2.971 cotações de preços realizadas em 97 estabelecimentos comerciais (supermercados, açougues, padarias e feiras livres) da cidade, passou a custar R$ 543,59 no mês de dezembro de 2023. Deste modo, quando comparado com o custo estimado no mês imediatamente anterior, houve uma elevação de 3,54% – aumento de R$ 18,61 em relação a novembro, em termos nominais. Entretanto, esta foi a primeira alta após seis meses consecutivos de queda (junho a novembro) no custo da Cesta Básica de Salvador.
Este período relevante de redução no custo da Cesta Básica de Salvador foi determinante para que a mesma terminasse o ano de 2023 com redução acumulada de 2,15%.
No mês, dos 25 produtos da Cesta Básica de Salvador, 15 registraram alta nos preços, a saber: cebola (24,86%), feijão (17,68%), banana-prata (17,59%), batata inglesa (14,15%), frango (13,02%), maçã (8,85%), cenoura (8,81%), arroz (5,69%), queijo muçarela (5,00%), flocão de milho (4,76%), carne de primeira (1,74%), macarrão (1,74%), pão francês (1,50%), manteiga (1,09%) e a farinha de mandioca (0,72%). Enquanto 10 produtos apresentaram redução: queijo prato (-6,74%), carne de segunda (-5,49%), linguiça calabresa (-4,06%), tomate (-3,45%), leite (-3,23%), açúcar cristal (-3,16%), carne de sertão (-2,15%), óleo de soja (-1,46%), café moído (-0,94%) e ovos de galinha (-0,70%).
O subconjunto dos ingredientes relativos ao almoço soteropolitano – composto por feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola – apresentou alta de 4,09% e foi responsável por 36,42% do valor da cesta. Por sua vez, o subgrupo de gêneros alimentícios próprios da refeição matinal soteropolitana – formado por café, leite, açúcar, pão, manteiga (e/ou queijos) – reduziu 0,47% e foi responsável por 33,82% do valor da cesta no mês de dezembro.
O tempo de trabalho despendido por um trabalhador soteropolitano para obter a cesta básica foi de 97 horas e 56 minutos, o que equivale ao comprometimento de 44,52% do valor líquido de um salário mínimo de R$ 1.221,00, depois de descontado o valor de 7,50% da contribuição para a previdenciária social.