Foram realizados 800 testes de hepatites durante campanha realizada pelo Hospital Roberto Santos
Foram realizados cerca de 800 testes de hepatites virais B e C no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) durante campanha de conscientização e combate à doença, que ocorreu na unidade durante quatro dias, com encerramento nesta sexta-feira (28), “Dia de Luta contra a doença”. Voltada para seus colaboradores, acompanhantes e pacientes, a ação também resultou na marcação de consulta para aqueles que tiveram o resultado dos seus testes positivos.
Embora hoje seja o dia D da campanha, o mês de julho é denominado de “Julho Amarelo”, pois tem por objetivo alertar a população sobre a prevenção e a necessidade da testagem, considerando os riscos da doença, “que é silenciosa, muitas vezes não apresenta sintomas e, quando o paciente descobre, já está em estágio avançado”, como alertou a médica hepatologista, Lourianne Cavalcante.
De acordo com dados contidos no boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) o perfil da população que teve contato com vírus da hepatite B é adulta jovem, 30 a 39 anos (28,5%), 20 a 29 anos (21,8%) e com 40 a 49 anos que representam 20,7% dos casos. Sua predominância é nas pessoas do sexo feminino.
Já o perfil daqueles acometidos com o vírus da hepatite C está na faixa etária de 50 a 59 anos, com 33,1% do total de casos e, em segundo lugar, as pessoas com idades entre 60 a 69 anos, cuja maioria é homem. A hepatite A se concentra entre as crianças menores de 10 anos, considerando sua forma de transmissão: água e alimentos.
A doença está entre as principais causas de morte das doenças infecciosas, que teve um pico de crescimento nos anos de 2018 e 2019, período em que cerca de 15 mil pessoas foram infectadas na Bahia.
A médica gastro hepatologista do Hospital Geral Roberto Santos, Lourianne Cavalcante, explica que o decréscimo apresentado nos anos 2020 e 2021 é em decorrência da pandemia do Covid 19, uma vez que os testes para a doença foram reduzidos significativamente por conta dos protocolos de saúde adotados à época da pandemia.
E uma das formas de combater a doença é com informação e conscientização das pessoas sobre as formas de contágio e o que dever ser feito para preveni-la, motivo pelo qual a campanha do “Julho Amarelo” é tão importante, destaca o diretor médico do Hospital Roberto Santos, Osvaldo Neto.
Tipos e formas de contágio: a hepatologista Lourianne Cavalcante acrescenta que as hepatites mais conhecidas são: A, B e C, mas ainda tem *D e E*. Já as principais formas de contágio das três principais são: tipo A contaminação se dá através de alimentos, água e esgotos; a hepatite B tem sua contaminação através das relações sexuais e contato sanguíneo. Vale lembrar que essas duas têm vacinas que são ministradas nos postos de saúde, sem custo para a população. Já a tipo C é através do contato com o sangue. A hepatite C é a principal causa de transplante de fígado, além de ser considerada a maior epidemia da humanidade, cinco vezes superior à AIDS/HIV.
Também vale ressaltar que as hepatites B e C podem causar inflamação crônica, cirrose, câncer de fígado e morte.