A Prefeitura de Salvador realizou, na tarde da segunda-feira (30), um mutirão de saúde para pessoas trans e travestis. A ação foi realizada em alusão ao Dia da Visibilidade Trans e Travestis, celebrado no último domingo (29). A ação aconteceu no Observatório Permanente da Discriminação Racial e LGBT+, na Rua Carlos Gomes.
Foram oferecidos serviços como vacina, impressão de Cartão SUS com nome social, testagem para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), agendamento de consulta médica e consulta para Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), dentre outros. Além disso, a ação marcou o lançamento do material educativo produzido pelo Grupo de Apoio à Prevenção à Aids da Bahia (Gapa-BA) e a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), intitulado “Trans Prevenção”.
“Neste mês da Visibilidade Trans estamos reforçando a oferta de serviços que, por barreiras relacionadas à transfobia, as pessoas trans não conseguem o acesso. A ação marca também o compromisso da Prefeitura em assegurar os direitos a pessoas trans sem sofrer preconceito”, disse o técnico do Campo Temático Saúde da População LGBT da SMS, Erik Abade.
Presente na ação, a coordenadora de Políticas Públicas para Infância, Adolescência e Juventude da SPMJ, Dinsjani Pereira, reforçou a importância de a iniciativa ser realizada. Para ela, a temática de visibilidade trans deve ser discutida durante todo o ano.
“A Prefeitura hoje promove esse mutirão através de diversas pastas e instituições com o propósito de incluir essas pessoas trans no processo de igualdade. A gestão municipal requer fortalecer a diversidade, com o compromisso de debater todas as causas e pautas”, disse.
Visibilidade – Procurando o serviço de retificação do Cartão SUS, o artista plástico Azriel Lima, de 30 anos, disse que a realização do mutirão facilitou ainda mais o processo para a impressão do novo documento, já com o nome social. “Ao longo desse processo, precisamos retificar nosso nome em documentos por diversas vezes. Então, quanto mais fácil para nós, melhor. Esse tipo de movimento ajuda a firmar cada vez mais a nossa identidade, além de promover o conhecimento de outras pessoas trans”.
Para a educadora Bruna Fonseca, de 28 anos, o mutirão quebra barreiras sofridas pela população LGBT. “Mutirões como esse são de extrema importância para a nossa população LGBTQIA+. Nossa população ainda vive à margem do preconceito sofrido em nossa sociedade devido às grandes dificuldades encontradas na busca pelos serviços e direitos”, disse.
Realização – O mutirão de saúde foi promovido pelas secretarias municipais da Saúde (SMS), através do Campo Temático Saúde da População LGBT e do Distrito Sanitário Centro Histórico, da Reparação (Semur) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), além do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids da Bahia (Gapa-BA) e a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).