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É inesperado, mas acontece. Crianças, adultos e adolescentes podem se tornar vítimas de afogamentos em recipientes como banheiras, baldes e durante batizados e passeios em embarcações aquáticas. O alerta maior fica entre a faixa etária de 0 a 4 anos, por conta do tamanho da cabeça, proporcionalmente mais pesada que resto do corpo.

O soldado Ricardo Queiroz Mello da Silveira do 13º Grupamento de Bombeiros Militar (Gmar) alerta que por mais inesperada que seja a ocorrência de afogamentos, 90% dos casos podem ser evitados, com base nas pesquisas realizadas pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).

Batizados

Batizados em praias e em águas paradas, como é bastante comum na Lagoa do Abaeté, por se tratar de um lugar aparentemente calmo, bonito e utilizado culturalmente para esse tipo de evento religioso são exemplos citados pelo militar.

“Mesmo sendo uma cerimônia que envolve muita emoção, a atenção deve ser dobrada nos jovens e principalmente nas crianças, que acabam sozinhas em pequenos intervalos. O ideal seria uma segurança adequada, com apoio de salva vida, além de um grupo de pessoas responsáveis para olhar os pequenos, enquanto a cerimônia é realizada”, disse o BM. Também chama atenção para afogamentos causados por motivos secundários, como cardiopatia, epilepsia, hipertensão e outras doenças que agravam a situação durante o mergulho do batismo.

Embarcações

Seja em lancha, barco, ferry-boat ou qualquer outro tipo de veículo aquático é indispensável o uso de coletes salva vidas. Por mais seguro que pareça, o soldado Silveira ressalta que o uso dessas embarcações só deve ser feito se elas tiverem os materiais necessários para casos de emergências.

“Às vezes os passageiros mergulham durante a travessia ou perto do destino. Não é recomendável, mas caso venha acontecer, a tripulação deverá ser informada antes do salto. Outro fator agravante é o consumo de álcool. Se beber demais, os movimentos como embarque, desembarque ou andar perto da borda da embarcação devem ser realizados com algum acompanhante”, orientou.

Recipientes com águas

Também utilizados para diversão ou distração das crianças, baldes, banheiras, piscinas pequenas de plásticos e outros recipientes podem ser considerados perigosos. O BM ressalta que a distância máxima entre o responsável e os pequenos deve ser de um braço, durante o uso desses equipamentos com água.

“Poucos centímetros de água são suficientes para asfixiar uma criança e levá-la ao óbito. Até os quatro anos de idade, as crianças possuem a cabeça proporcionalmente mais pesada do que o resto do corpo, o que pode levar a um equilíbrio e ocasionar uma queda dentro do balde ou algo parecido. Isso implica até mesmo na dificuldade de se levantarem sozinhos”, contou.

Nesses casos de afogamentos, a conduta indicada a ser tomada é retirada imediatamente da vítima de dentro da água, verificar os sinais vitais (SSVV) e ligar para o 193.

Fonte: Ascom l Poliana Lima

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