Em agosto deste ano, o eletricista André Figueiredo de Souza, 34 anos, bateu a moto de frente com um carro que vinha na contratação, na estrada CIA-Aeroporto (BA-526), na Região Metropolitana de Salvador. Ele passou por três cirurgias, ficou 34 dias internado e ainda se recupera do acidente em uma cadeira de rodas.
O eletricista está entre as 200 pessoas, na capital baiana, cadastradas no Pró-Vítimas, programa do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) que foi lançado em setembro, para prestar atendimento psicossocial e jurídico a vítimas de acidentes e familiares. “É uma iniciativa louvável do Estado para ajudar pessoas como eu, que precisam de apoio para superar o trauma de quase ter perdido a vida e de orientações sobre o seguro”, disse Souza.
Os interessados passam por uma entrevista para serem aceitos no cadastro do programa e começarão a ser atendidos em novembro, na unidade do Detran que está em fase final de implantação, no bairro do Rio Vermelho. No espaço, vai atuar uma equipe de psicólogos, advogados e assistentes sociais. Para agendar a entrevista, basta entrar em contato pelos telefones (71) 3033-3849/ 3022-3849.
Na última quarta-feira (26), o Detran apresentou o planejamento do Pró-Vítimas a dez intuições parceiras do órgão no programa. Entre as presentes, a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), Defensoria Pública, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Samu, secretarias da Saúde e da Educação do Estado e a Associação Baiana de Medicina do Tráfego (Abamet). “Nosso objetivo é construir uma rede de relacionamentos com instituições que estejam interessadas em servir à população. O programa será responsável por acolher o cidadão e acompanhá-lo em todas as etapas do processo”, explicou o diretor-geral do Detran, Lúcio Gomes.
A Defensoria Pública garantiu acolhimento jurídico às vítimas. “Vamos atuar nos casos de acidentes de trabalho que envolvam veículos, seguro DPVAT e demandas na área de saúde”, disse o defensor público Gil Braga. Já a Abamet, vai disponibilizar médicos da instituição para os assistidos. “A vítima precisa de um profissional de saúde para avaliar o grau da lesão ou sequela. Assim, ela poderá garantir o direito ao seguro obrigatório”, pontuou o presidente da associação, Antônio Meira Júnior.