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Por G1 BA

Vendedores de peixes e mariscos realizaram um protesto na manhã da última quarta-feira (17), na Avenida Suburbana, bairro de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O ato foi por causa da dificuldade que eles têm de entrar em ônibus do transporte coletivo.

Segundo os trabalhadores, após a suspensão das atividades dos trens do subúrbio, eles estão com dificuldades para entrar no transporte coletivo com os baldes de peixes e mariscos.

Ainda segundo os trabalhadores, os motoristas não estão deixando eles entrarem nos ônibus por causa do cheiro dos pescados. Alguns manifestantes relataram ter perdido peixes, por não conseguir vender a mercadoria.

Valdemiro, que trabalha há 50 anos como pescador, relatou os problemas que os trabalhadores estão passando por causa do impedimento de entrar nos coletivos.

“Depois que retirou os trens, nós pescadores estamos passando mal. [Pescamos] 10 toneladas de peixe e não temos a quem vender”, explicou.
Para não perder a mercadora, alguns trabalhadores começaram a doar os peixes para moradores da região que foram até o local do protesto.

“Isso aí é mercadoria perdida. Tivemos que fazer a doação de uma tonelada de sardinha. Não teve a quem vender. Todo mundo teve prejuízo”, relatou.

Durante a manifestação, uma marisqueira relatou que todo dia anda cerca de 4 km para conseguir comprar o peixe. Ela disse também que ficou desempregada durante a pandemia e essa tem sido a única fonte de renda da família.

“[Não consigo vir de ônibus]. Me botam para fora, pegam meu balde e me jogam para fora. A gente está precisando de trem para trabalhar. Eu tenho que buscar o peixe andando para dar comida aos meu filhos”, relatou.
Ainda na manifestação, outro trabalhador comentou sobre a situação.

“O caos está instalado e não foi por falta de aviso. Estamos há 20 dias tentando ter um diálogo com as autoridades constituídas, porque a gente sabia que ia acontecer esse tipo de problema. No momento em que o pescador perdesse o seu acesso ao trem, não somente pela tarifa, mas também pela questão espacial, ia encontrar problemas no acesso ao ônibus”, explicou.

O trabalhador também aproveitou o momento para fazer um apelo aos gestores do município e do estado.

“As pessoas foram expulsas do ônibus. Então o governador precisa, junto com o prefeito, encontrar uma saída para esta situação”.

A Transalvador esteve presente na manifestação para organização e monitoramento do trânsito no local.

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