Salvador atinge cobertura de 90,5% da vacinação contra o sarampo em crianças de um ano de idade, de acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Desde o início da intensificação vacinal, em julho, o município vem desenvolvendo inúmeras estratégias para aumentar o percentual de imunização dentro dessa faixa etária vulnerável para a doença, como a realização de dois dias “D” de vacinação.
Nessas mobilizações, por exemplo, mais de 100 postos e pontos estratégicos foram abertos aos sábados para ampliar o acesso da população. Até esta sexta-feira (25), prossegue a Campanha Nacional de Vacinação, iniciada no último dia 7 e voltada para crianças entre os 6 meses e menores de 5 anos (4 anos 11 meses e 29 dias).
Apesar de a capital ter registrado apenas um caso da doença, considerado importado, o município continua incentivando à população para não se descuidar da imunização. A vacina tríplice viral que protege contra o vírus do sarampo, rubéola e caxumba faz parte do calendário básico nacional de vacinação e está disponível nas 129 salas de vacina que funcionam de segunda à sexta-feira, exceto feriados, das 8h às 17h.
A subcoordenadora de Controle de Doenças Imunopreveníveis do município, Doiane Lemos, alerta à população sobre a proximidade do fim de ano, quando ocorre aumento expressivo da circulação de pessoas na cidade. “São turistas que chegam a Salvador vindo de outros países ou outros estados do Brasil, como São Paulo, que está em situação epidêmica da doença com mais de 5 mil casos confirmados de sarampo, o que pode deixar nossa população mais suscetível ao contágio. Por isso, a importância de se vacinar o quanto antes”, explica.
Doiane complementa ainda que, uma vez que as pessoas estejam imunizadas, os riscos da entrada e circulação do vírus na cidade diminuem. Uma pessoa infectada pelo vírus do sarampo pode contaminar outras 18, devido ao alto potencial de transmissibilidade da doença, acrescenta a subcoordenadora.
Fatal – O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ter complicações graves ou levar à morte. A transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar a enfermidade é por meio da vacina. Em torno de três a cinco dias, podem aparecer sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.