O Dia D de vacinação contra febre amarela promovido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em Salvador, apresentou baixa procura no último sábado (29). A estratégia que tinha como objetivo ampliar o acesso às doses do imunobiológico e a cobertura vacinal na cidade, imunizou pouco mais de 8 mil pessoas durante a mobilização.
De acordo com Doiane Lemos, subcoordenadora de Imunização da SMS, apesar do município não ter registrado nenhum caso suspeito da doença em humanos, a vacinação é a principal medida para manter a cidade livre da patologia. “Não temos nenhum casos notificados em Salvador, mas esse ano o Ministério da Saúde já contabilizou mais de 3 mil episódios suspeitos de febre amarela em todo país. Isso quer dizer que o vírus está circulando dentro do território nacional e a melhor forma de se proteger contra a doença é com a vacinação”, esclareceu.
As doses da vacina seguem disponíveis nas 126 salas de imunização da rede municipal, de segunda a sexta-feira (exceto feriado), das 08 às 17 horas. Este ano, cerca de 381 mil pessoas foram imunizadas contra a febre amarela na capital baiana. Estima-se que outros 1,4 milhões de indivíduos ainda precisam se proteger contra a doença em Salvador.
“Embora tenhamos intensificado a vacinação há alguns meses, ainda temos muita gente desprotegida. No primeiro semestre tivemos alguns casos de macacos identificados com febre amarela no perímetro urbano e isso gerou uma intensa procura das pessoas pela vacina. Mas passado esse momento, a maioria dos indivíduos deixaram de buscar os serviços para imunização. É importante que a população esteja protegida para evitar uma possível circulação do vírus em nossa cidade”, afirmou Lemos.
O imunobiológico é administrado em dose única para o público entre 9 meses e 59 anos. O Ministério da Saúde afirma que a vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Para estes grupos, a orientação é que a pessoa busque ajuda médica, cujo profissional de saúde avaliará o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco de eventos adversos.