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Para promover proteção e dignidade a pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente devido à pandemia de Covid-19, as Unidades de Acolhimento Institucional e Emergencial da Prefeitura oferecem, além de abrigamento, assistência nutricional, de saúde e social, tudo isso envolvido com muito amor, cuidado e sensibilidade. Coordenadas pela Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), as 17 estruturas possuem 1,1 mil vagas destinadas a adultos e famílias em situação de rua.

Uma dessas unidades está localizada no bairro de Amaralina, em Salvador. Reinaugurada há mais de um ano, já acolheu 61 idosos em situação de vulnerabilidade, e coleciona histórias de superação. Edson da Silva, de 65 anos, chegou à unidade há oito meses e contou, com orgulho e emoção, a trajetória.

“Eu sou caminhoneiro, o mundo é a minha casa. Fui infectado com o coronavírus, fiquei internado no Hospital Municipal e, quando tive alta, fui acolhido por essa Unidade. Aqui é o melhor lugar do mundo, sou muito bem servido, me tratam com respeito e amor. É maravilhoso. Daqui só saio quando a pandemia acabar, direto para estrada”, afirmou.

Localizada na Rua Visconde de Itaborahy, a estrutura foi pensada inicialmente para ser um abrigo familiar, mas teve o público-alvo alterado em função da pandemia de Covid-19. O titular da Sempre, Kiki Bispo, destacou a importância do acolhimento aos idosos, sobretudo por pertencerem aos grupos de maior risco da Covid-19.

“Sabemos que os idosos são as pessoas mais vulneráveis da pandemia do coronavírus, com isso aumenta nossa responsabilidade. Em um ano, a Unidade Institucional de Amaralina foi palco de grandes histórias de vida”, pontuou.

Acompanhamento especializado – A coordenadora da UAI, Késsia Pauferro, informou que além do fornecimento de quatro refeições diárias (café, almoço, janta e ceia), atividades de pintura e exercícios fisioterapêuticos são realizadas com periodicidade. “Na equipe, temos uma técnica de enfermagem que auxilia na manipulação dos medicamentos e acompanhamento nas demandas de saúde. Também temos um psicólogo que realiza atendimento psicoterápico”, explicou Késsia.

O acolhimento é feito através da Central de Vagas, a partir de uma análise de perfil. A alta depende do perfil e planos de cada idoso. “Existem pessoas que têm perfis de longa permanência. Nesse período, são assistidas pela UAI até voltar para a família ou acabam vivendo no espaço sem previsão de saída. Têm outros idosos que são mais ativos, que ficam até sair, por exemplo, a liberação do auxílio aluguel. Eles trabalham e querem ter a vida livre”, relatou a coordenadora.

Ela destacou, ainda, a equipe técnica que realiza um trabalho de desenvolvimento individual humano e sensível, além da rede assistencial envolvida. “Na UAI, a gente vai para escuta. Existe uma equipe técnica, que é composta por assistente social, pedagoga e psicóloga. Um plano de desenvolvimento individual é traçado por elas, a partir da vontade do assistido. Se ele quiser morar sozinho, a gente vai solicitar o auxílio aluguel dele. No entanto, a gente faz o acompanhamento mesmo depois que ele é desligado da unidade, através do Cras (Centro de Referência em Assistência Social),” afirmou Késsia.

Protocolos sanitários – As Unidades de Acolhimento funcionam atendendo aos protocolos sanitários para evitar a transmissão da Covid-19. As estruturas possuem dispensadores de álcool em gel, tapetes sanitizantes, além de marcações de distanciamento social.

O uso de máscara de proteção é uma das regras praticadas pelos abrigados no dia a dia, sendo exceção apenas na hora da alimentação e no dormir. As unidades recebem, ainda, ações preventivas, com realização de testes rápidos e aferição de temperatura, verificação das condições de saúde dos acolhidos e intensificação das medidas de higiene nos mobiliários e instalações, como banheiros e quartos.

Além disso, as equipes de assistência social promovem trabalhos educativos junto aos assistidos, que recebem orientações sobre a Covid-19, assim como sintomas da doença e os procedimentos necessários para se proteger da infecção.

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