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LuciMotorista_AlinePortela_jpg (4)Mulher no volante, perigo constante. Quem nunca ouviu essa piadinha machista enquanto dirigia pela cidade? Pois Gilce Neta, de 24 anos, leva na esportiva a brincadeira, e se destaca como a única mulher na frota de motoristas da Prefeitura de Salvador. Ela, que aos 19 anos recebeu a indicação de um amigo para se candidatar à vaga, fez a entrevista para o cargo que exigia motorista do sexo feminino e foi aprovada.

A motorista, que mora no bairro de Santa Mônica, diz que, apesar de trabalhar entre homens, a profissão é gratificante e todos a tratam como uma pessoa qualquer, independentemente do gênero. “É prazeroso, para mim, dirigir. Eu gosto, então não tenho problemas. Trabalho com o diretor-geral da Defesa Civil (Codesal) o dia todo. Levo para entrevistas, trago para a sede do órgão, tem dias que entro às 7h e levo até o início da noite”, conta. A jovem, que há três anos ocupa o cargo, fica grata e feliz por se destacar numa profissão tida como de homem. “Ter uma mulher na linha de frente faz muita diferença e mostra que lugar de mulher não é só no fogão, mas em todos os lugares”.

Uma coisa que Gilce diz escutar muito é a frase do “perigo constante”, mas ela garante que dirige muito bem. “As pessoas que me conhecem sabem que eu dirijo bem, e as mulheres elogiam, porque estou representando a classe feminina. Os homens sabem que dirigimos bem, mas não perdem a piada. Não ligo”.

Nesta terça em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a motorista acredita que, cada vez mais, as representantes do sexo feminino, “que de frágeis não têm nada”, estão conquistando seu lugar no mercado. “Não devemos nos deixar abater pelos comentários, independente da profissão. Me orgulho de ser motorista e de ser mulher”.

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