A Universidade Federal da Bahia está entre as duzentas melhores jovens universidades do mundo, segundo o ranking inglês Times Higher Education (THE). A Universidade também se manteve, pelo segundo ano seguido, no grupo das universidades latino-americanas mais bem posicionadas, no 31º lugar.
No ranking das universidades mais jovens, fundadas pós Segunda Guerra (entre 1945 e 1967), a UFBA foi classificada na faixa entre o 151º e o 200º lugar. É a primeira vez que a UFBA figura nesse extrato do ranking independente mais prestigiado do mundo, liderado pela Universidade da Califórnia (EUA), seguido pela Universidade Nacional da Austrália e pela Universidade Chinesa de Hong Kong.
A instituição brasileira mais bem classificada é a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 67ª posição. Entre as brasileiras, além da Unicamp, só ficam à frente da UFBA a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), que estão na faixa entre o 101º e o 150º lugar. Junto com a UFBA, na faixa entre 151º e 200º, estão outras duas instituições brasileiras, as federais de Brasília (UnB) e do Ceará (UFC).
Chamado de “THE Golden Age”, o ranking tem a intenção de “refletir o que o THE descreve como a era de ouro da educação superior global, caracterizada pela rápida expansão das universidades e pelo aumento do investimento em pesquisa”, afirmam os organizadores.
América Latina
Pelo segundo ano seguido, a UFBA figura no grupo das universidades latino-americanas mais bem posicionadas no THE Latin America. Na edição 2019 do ranking, a Universidade aparece na 31ª posição, uma a menos em relação ao ano passado. O ranking mostra também que as universidades federais brasileiras ganharam três lugares no grupo das 35 melhores, saltando de um total de 11 instituições, em 2018, para 14, neste ano.
Entre as brasileiras, a UFBA aparece no 18º lugar – posição próxima à do ano passado, quando foi a 14ª. Entre as federais, a mais bem colocada é a de São Paulo (Unifesp), 6ª colocada, seguida pelas de Minas Gerais (8ª) e do Rio Grande do Sul (11ª).
Oscilações são comuns
A avaliação do THE leva em consideração cinco aspectos: citações em periódicos científicos indexados; retorno à indústria; pesquisa; ensino; e internacionalização. Oscilações entre um ano e outro são comuns e não devem ser motivo nem de celebração excessiva, nem de alarde negativo, pondera o coordenador de avaliação da UFBA, professor Jorge Sales.
Embora ajudem a ratificar, perante a opinião pública, a qualidade das universidades brasileiras, em especial as do sistema público federal de educação superior, mesmo os rankings mais respeitados, como o THE, não devem servir como medida de comparação ou competição entre as instituições, tampouco devem embasar políticas públicas, observa o coordenador.
“Políticas públicas devem se basear nos indicadores oficiais do Ministério da Educação, em adequação às especificidades de cada universidade”, enfatiza Jorge Sales. Além dos dados do Ministério, a UFBA tem procurado avançar na criação de indicadores próprios de desempenho, que permitam a comparação da Universidade consigo mesma.