Diante da polêmica sobre a regulamentação da atividade de mototaxista, que está para ser votada hoje na Câmara Municipal, o vereador José Trindade (PSL) faz novo questionamento: “Porque regulamentação do mototáxi e não do Uber?”. O legislador observa que as duas atividades são importantes para melhorar o sistema de mobilidade e ampliar a geração de renda e emprego em Salvador, que leva o título de capital do desemprego. “Ora, isso só ratifica nossa hipótese de que o prefeito ACM não se dedica à regulamentação do Uber porque não consegue cobrar pedágio da empresa nem entregar o controle a seus amigos e familiares, já no caso do mototáxi ele, ou algum subalterno, pode muito bem abrir sua companhia”, dispara Trindade.
O vereador destaca que quando o serviço de transportes por aplicativo começou a operar em Salvador, no início deste mês de abril, o prefeito ACM Neto mandou apreender os veículos, alegando clandestinidade. “Agora se era por conta de ilegalidade, porque nunca mandou apreender uma moto? Certamente porque se trata também de uma preocupação eleitoral; o prefeito não se importa com a cidade, mas com o que ele pode tirar dela, de qualquer forma”, frisa o vereador.
Trindade destaca que o Uber já funciona em mais de 400 cidades de 70 países. No Brasil, capitais como Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo, dentre outras, além de Brasília, já oferecem o serviço aos cidadãos. “Não regulamentar o Uber é extremamente arcaico, típico de uma gestão presa às intransigências da política medieval, o que é normal para um prefeito que se acha soberano”, observa. “Como já disse anteriormente, não nega o sangue”, ironiza Trindade.