A rotina diária do barbeiro Emerson Monteiro e do autônomo Marcos Melo, de 40 e 36 anos, respectivamente, tem sido menos incômoda e mais confortável desde o dia 1º de setembro, quando a Travessia Plataforma-Ribeira foi retomada na capital baiana. Em dez dias de operação, as embarcações Patativa II e Vó Madá, juntas, transportaram 8.864 passageiros entre o terminal náutico itapagipano e o bairro do Subúrbio Ferroviário.
O serviço funciona de 6h às 19h, com tempo médio de viagem de 5 a 8 minutos, para atravessar uma distância aproximada de um quilômetro entre os bairros. A tarifa custa R$ 2,10, e as embarcações da travessia – todas com coletes salva-vidas à disposição -, são compostas de madeira, um com capacidade para 90 e o outro para 50 passageiros.
Nos dois primeiros dias de operação, sábado (1) e domingo (2), sem cobrança de tarifa, e no dia 9 de setembro – este já com a ativação de cobrança – registraram o maior volume de passageiros durante a travessia, atingindo 1.388, 2.864 e 1.232 pessoas, respectivamente.
“O tempo de viagem continua o mesmo, mas a travessia está mais confortável e passa uma sensação de segurança”, afirma Monteiro, que desde pequeno realiza a travessia, saindo de Plataforma para trabalhar na Ribeira. “Estão tomando mais cuidado com a limpeza dos barcos, a segurança e o cuidado com a lotação”, alerta Marcos Melo, que vende produtos de modo informal nas imediações da sorveteria famosa do bairro.
Durante 90 dias, o serviço será realizado pela empresa Catamarantur Serviços de Turismo EIRELI, vencedora do chamamento público para exploração do serviço de transporte aquaviário de passageiros, realizado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob).