Funcionários da instituição bancária de todo o país estão realizando hoje (15) o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. Das 16 gerências de filiais da Caixa Econômica Federal que cuidam do FGTS, apenas cinco vão continuar em atividade. O Nordeste não terá mais nenhuma filial. O fechamento deve atingir cerca de 1,2 mil empregados em todo o país. Esse é apenas o primeiro passo da reestruturação. Ao todo, 131 unidades internas e administrativas em todo o Brasil serão fechadas. O banco vai passar de 424 departamentos para 293 até março de 2018.
Para Augusto Vasconcelos, Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, “o governo Temer contra ataca a Caixa para atender interesses inconfessáveis do sistema financeiro, que pretende enfraquecer os bancos públicos. Há propostas que circulam no seio do governo que visam retirar o FGTS da Caixa e entregar os recursos também para bancos privados. Na prática isso pode inviabilizar programas, como o Minha Casa Minha Vida, e outros projetos de desenvolvimento urbano. É um ataque aos mais pobres”, frisou.
Hoje os membros da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) terão nova rodada de negociação da mesa permanente, na qual vão reafirmar o posicionamento da categoria contra a reestruturação e a ampliação do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), em defesa da revogação do RH 037, que abre espaço para a contratação de bancários temporários, pela contratação de mais empregados e em defesa da Caixa 100% pública.
A Caixa, que já chegou a ter 101 mil empregados em 2014, poderá ficar com menos de 90 mil, após a reabertura do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), em 20 de julho. Além da redução do quadro de pessoal, que gera sobrecarga de trabalho e adoecimento, a direção do banco está impondo, de forma unilateral, uma reestruturação e ampliação do GDP, que mexe com postos de trabalho e atinge os direitos dos trabalhadores.