Os trabalhadores dos Correios na Bahia decidiram aderir à greve nacional da categoria e cruzaram os braços desde as 22h de quarta-feira (26), de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado (Sincotelba). A decisão foi tomada em assembleia no mesmo dia, em frente à agência central dos Correios, no bairro do Comércio.
Com a paralisação, 30% dos trabalhadores devem continuar trabalhando e a entrega de encomendas emergenciais, a exemplo de medicamentos, deve ser mantida, de acordo com o Sincotelba. A mobilização em todo país é feita pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT).
Procurada pelo G1 na manhã desta quinta-feira (27), a assessoria dos Correios afirmou que ainda não tem posicionamento sobre a paralisação.
A diretora do Sincotelba Sandra Balbino disse que a categoria é contra a possibilidade de privatização dos Correios e o fechamento de unidades da empresas que estaria previsto para todo o país.
“A privatização dos Correios gera prejuízo para toda a população. Está previsto o fechamento de 200 agências em todo o país, principalmente em cidades pequenas. Lembrando que os Correios têm cunho social e as agências chegam em vários lugares como representantes bancários”, defende.
Ela afirma que os trabalhadores também reclamam da falta de atendimento pelas clínicas e hospitais credenciadas pelo plano de saúde dos Correios, o CorreioSaúde, e ainda pedem a tomada de medidas de segurança nas agências, como implantação de portas giratórias, devido ao aumento no número de assaltos.