Presidente da Frente Parlamentar da Educação, o vereador Claudio Tinoco (DEM) avalia que o PCdoB, que coordena a Associação dos Professores Licenciados (APLB-BA), incentivou a greve da rede municipal deflagrada na tarde de ontem, em assembleia realizada no Estádio de Pituaçu.
“É curioso como, justo em ano de eleição, quando os comunistas já anunciaram uma pré-candidatura à prefeitura, queiram fazer paralisação no início do ano letivo. Mais curioso ainda é a presença de políticos como o vereador Hilton Coelho (PSOL), na assembleia realizada ontem, para influenciar na decisão da categoria que mais obteve ganhos nos últimos três anos”, frisa o edil.
O sindicato alega que a greve tem como objetivo garantir 2/3 da jornada para as atividades em sala de aula, e que 1/3 seja destinado aos estudos pessoais e planejamento de aulas. Depois de uma decisão inédita da Prefeitura, que significou um aumento de R$ 80 milhões nas despesas com educação, por ano, a Secretaria Municipal de Educação já contemplou 82% das escolas municipais e as outras 18% terão implementadas a jornada até o dia 10 de março.
“É inaceitável que políticos tentem boicotar o avanço que está sendo feito na educação de Salvador. Sem dúvidas, milhares de famílias serão afetadas com essa postura dos professores que, certamente, estão sendo influenciados. Inúmeras mães, que não têm com quem deixar os filhos para trabalhar, serão prejudicadas. Peço mais responsabilidade aos políticos envolvidos nesse movimento”, reitera Tinoco.