As perseguições dos taxistas soteropolitanos aos motoristas do Uber em Salvador continuam. O caso mais recente aconteceu no último sábado (28). Na rede social, uma jovem postou o relato.
“Minha viagem foi um verdadeiro pesadelo. De repente, paramos no sinal e um táxi fechou o Uber e outro impedia nossa passagem do lado esquerdo. Quando percebi o que estava acontecendo fui para o banco do carona e comecei a tirar foto. O nosso motorista conseguiu escapar fazendo diversas manobras. Os dois táxis ainda seguiram a gente por quase 2,5km, causando medo e desespero. É assim que se encara a concorrência iminente? Com a cultura do terror? Perseguindo e causando pânico?”, desabafa.
E continua: “isso serviu para termos uma certeza, que os taxistas que agirem como bandidos serão repudiados não só por mim, mas por uma população que está cansada de ser vítima de um péssimo serviço. Mas somos reféns, e a única arma que temos hoje é a rede social, porque nem o voto anda nos ajudando muito, uma vez que nossos representantes continuam querendo que nossa cidade viva no atraso ao invés de acompanhar as conquistas que outras capitais já tiveram e já comprovaram ser o melhor para a população”.
Essa não é a primeira vez que um taxista persegue um motorista do Uber em Salvador. Em abril deste ano, a reportagem do Bocão News publicou uma outra ação semelhante cometida pelos taxistas. No bairro do Rio Vermelho, um motorista do Uber foi flagrado pela categoria que o “prendeu” e “conduziu” até a sede do pátio da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), nos Barris.
Na segunda-feira (30), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), informou que não vetará o projeto aprovado pela Câmara, o qual proíbe o uso do aplicativo de transporte remunerado de pessoas em veículos particulares ou cadastrados através de aplicativos, como o Uber. Na avaliação do prefeito, o Uber é clandestino.
Imagens feitas pela passageira do Uber
O projeto de autoria do vereador Alfredo Mangueira (PMDB), que prevê a proibição desse serviço, foi aprovado no dia 27 de abril, por unanimidade. Se aprovado, o motorista pode ser multado em R$ 2,5 mil. Em caso de reincidência, a multa pode chegar a R$ 5 mil. Para que a lei entre em vigor, é preciso ser sancionada pelo prefeito.
Bocão News