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Começou na manhã desta sexta-feira (19), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, o júri popular de Mateus William Oliveira Alecrim Dourado de Araújo. Ele é suspeito de matar a jornalista Daniela Bispo, no prédio onde a vítima trabalhava, na capital baiana.

Daniela foi morta na noite do dia 13 de novembro de 2017, mas só foi achada no dia seguinte, com marcas de espancamento e perfurações causadas por uma faca. Mateus foi preso no mesmo dia em que o corpo de Daniela foi encontrado e confessou o crime.

A vítima, que na época do crime tinha 39 anos, era formada em jornalismo, mas trabalhava em uma empresa de call center que funciona no prédio onde ela foi encontrada morta, localizado na Avenida Tancredo Neves.

Segundo informações de colegas de trabalho da vítima, ela começou o expediente às 14h da segunda-feira e deveria ter saído às 20h. No entanto, às 19h, Daniela pediu um intervalo e não retornou ao trabalho.

Caso
Segundo a polícia, o suspeito marcou um encontro com Daniela. Ele disse que iria buscar uma chave com uma das funcionárias do prédio para poder conseguir entrar. Durante a conversa, houve uma discussão entre os dois e, de acordo com a polícia, Mateus acabou matando a vítima.

O crime ocorreu no sexto andar do prédio, mas o corpo de Daniela caiu nas escadas e foi parar no quinto. Durante a fuga, o homem trocou de camisa duas vezes para despistar a polícia, mas foi identificado por uma amiga da vítima, por meio das câmeras de segurança do prédio.

Ainda segundo a polícia, o suspeito usou um pedaço de paralelepípedo para atingir a jornalista. A pedra foi pega por ele a caminho do local do crime, indicando premeditação.

Mateus foi preso na cidade de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. Ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado pelo feminicídio e encaminhado para o Complexo Penitenciário da Mata Escura.

De acordo com a polícia, Mateus alegou que matou Daniela porque estava sendo ameaçado pela vítima. Segundo a polícia, o homem era noivo na época do crime, mas tinha um caso com Daniela e disse que estava sendo pressionado por ela para que deixasse a companheira.

Conforme disse à polícia, Mateus e a vítima mantinham uma relação escondida desde 2013. Eles se conheceram quando trabalharam juntos em uma empresa de call center, em Salvador. Na época, os dois foram demitidos, mas continuaram se encontrando fora do trabalho.

Daniela foi enterrada no dia 15 de novembro de 2017, no Cemitério Ordem Terceira de São Francisco, na Baixa de Quintas, na capital baiana. Ela deixou dois filhos.

Fonte: G1-Bahia

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