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Suspeito de praticar um arrastão na Rua Caetano Moura, na Federação, Thiago Chabide Jesus Santana, 19 anos, foi baleado nas costas em frente à Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba), por volta das 19h desta segunda-feira (2), e acabou caindo instantes depois, na Avenida Garibaldi.

A série de assaltos ao lado de um comparsa, segundo policiais e testemunhas, ocorreu perto do Cemitério do Campo Santo. Um desconhecido atirou contra a dupla, que conseguiu escapar – um deles, supostamente, por um campus da universidade, que acabou sendo evacuado a pedido da Polícia Militar.

Thiago evadiu pilotando uma moto do tipo Falcon, mas caiu em frente à Praça Lord Cochrane, mais conhecida como Largo da Garibaldi, próximo a um ponto de ônibus. De acordo com familiares, ele corre o risco de ficar paraplégico.

Populares informaram que o rapaz ficou caído no chão e foi socorrido por um médico que passava no local. “Eu estava dentro de casa e só ouvi ele gritando socorro, socorro, socorro. A moto tinha caído por cima dele”, disse um morador da região, que preferiu não se identificar. Ele relatou ainda que transeuntes tiraram o veículo de cima do suspeito e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O jovem foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde iria passar por cirurgia na noite desta segunda. Segundo familiares que foram ao hospital acompanhá-lo, o médico plantonista informou que a bala tinha atingido a coluna.

“Disseram que ele corre o risco de ficar paraplégico. Já não está sentindo o movimento das pernas. A sorte que o médico que socorreu ficou pressionando o ferimento para não dar hemorragia interna. Agora vão ver se está tudo bem por dentro”, disse ao CORREIO um parente da vítima, também sem se identificar.

No hospital, segundo policiais ouvidos pela reportagem, o rapaz confessou que estaria praticando assaltos com um colega. O segundo suspeito, ainda não identificado, pulou da moto e correu. Ele também teria sido baleado.

Há suspeitas de que ele tenha se escondido dentro da Escola Politécnica. Policiais chegaram a entrar no campus e pediram que o local fosse evacuado. A solicitação foi atendida pela diretoria da unidade, de acordo com informação confirmada com uma fonte da unidade.

Medo

Uma estudante caloura que chegava para o primeiro dia de aula tentava entender o que aconteceu.

“Nossa aula foi cancelada. O coordenador entrou na sala e disse que a polícia pediu para evacuar o campus. Uns professores chegaram a dizer que ouviram tiros”, disse a garota, que pediu para não ser identificada.

Junto com um grupo de colegas, ela caminhava em direção ao ponto de ônibus em frente ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), bem perto de onde os tiros foram dados.

Quem estava no Pavilhão de Aulas da Federação VI (PAF VI) ouviu tudo de dentro do prédio.

“Ouvi uns cinco tiros. O pessoal chegou a sair pra ver o que era. Não fui liberado mais cedo, mas no horário normal, às 20h”, contou o auxiliar de serviços gerais José Cleones Souza, 20, que conta já ter presenciado diversos assaltos na Caetano Moura.

“Foram uns dez tiros. A gente saiu porque ficou com medo, pois moramos longe, no Trobogy”, disseram as estudantes do pré-vestibular da Ufba Ana Carolina Silva, 22, e Maiara Ribeiro, 19.

“Quando ouvimos a sirene de polícia passar, decidimos sair porque achamos que estava mais seguro”, contou Maiara, lembrando que as viaturas chegaram cerca de 15 minutos depois dos disparos.

Receosas, as duas esperaram o ponto de ônibus ficar cheio para sair de dentro do PAF VI, onde as aulas continuaram normalmente.

Família

Um vizinho de Thiago contou ao CORREIO que a família foi avisada por um conhecido do rapaz que passava na Lord Cochrane, enquanto o jovem ainda estava caído no chão.

“Uma pessoa estava passando no ônibus e viu ele deitado. Chegou lá em casa e perguntou se Thiago estava em casa. A gente disse que não. Aí ele falou, então é ele que tá lá na Garibaldi baleado”, contou o marido de uma prima do jovem, o metalúrgico Jorge Silva, 43.

Os familiares contaram que Thiago saiu por volta das 17h de casa, na Ladeira Manoel Bonfim, na Federação, e não disse a ninguém para onde ia. O rapaz não costumava dar satisfações à família de onde e com quem andava. Thiago morava com um irmão e uma irmã e trabalhava num lava a jato.

Segundo a polícia, o suspeito já tinha sido detido por dirigir sem habilitação. No dia do crime, ele portava a Permissão para Dirigir (primeira habilitação), tirada há cerca de três meses. A família disse à reportagem que não imaginava como Thiago poderia ter sido baleado, mas apenas admitiu que o jovem tinha algumas “amizades ruins”.

O caso será investigado pela 7ª Delegacia (Rio Vermelho). Policiais da 41ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Federação) fizeram rondas durante a noite para tentar localizar o comparsa de Thiago.

Fonte: IBAHIA

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