Uma série de debates é suscitada com maior veemência por órgãos públicos e movimentos que lutam por um estado laico e combatem a intolerância religiosa na Bahia. Na última sexta-feira (26), um desses debates aconteceu na sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA), em Salvador, que refletiu sobre a criminalização das religiosidades não hegemônicas e propôs um modelo de tolerância mais harmonioso para preservar, principalmente, religiões de matriz africana. Presente ao seminário do MP, o vereador e líder do PT na Câmara de Salvador, Luiz Carlos Suíca, defendeu a importância de se ter “liberdades” e em especial a religiosa.
“Minha atuação como parlamentar sempre foi e será em defesa desse direito. Participar deste evento do MP com lideranças religiosas, estudantes, mestres em cultura e representantes da sociedade e do judiciário baiano é de uma relevância enorme. Como parlamentar, temos que sempre acompanhar e desenvolver ainda mais os debates e promover a igualdade social e religiosa também. E defendo aqui uma maior participação do Judiciário em defesa dos direitos das religiões afro-brasileiras. O racismo e o preconceito, a intolerância são presentes cotidianamente em nossa sociedade, o que é uma vergonha”, salienta Suíca.
O edil petista ainda parabeniza o trabalho da promotora de Justiça Lívia Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação. Suíca até sugere que “faria muito bem” ao Ministério Público tê-la com chefe. “Acho que o órgão nunca teve uma mulher negra em seu comando. E isso seria um grande avanço para a representação e a busca por maior empoderamento feminino e consciência social”, destaca. Vaz foi a organizadora do evento e mediadora da mesa que debateu os assuntos.