Autor de projetos como Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), Estatuto da Pessoa com Deficiência e Estatuto da Igualdade Racial, o senador Paulo Paim (PT) receberá, no dia 18 de novembro, o título honorífico de cidadão baiano. Proposta pela deputada estadual Fátima Nunes (PT), a Sessão Especial acontecerá no Plenário do Palácio Deputado Luís Eduardo Magalhães, na Assembleia Legislativa da Bahia, às 9h30.
“Foi com muita satisfação que apresentei a Indicação para entrega desse título ao senador Paim. Um militante, com acentuada dedicação pelo social e respeito pelo país, sempre em defesa dos direitos dos trabalhadores, dos aposentados e pensionistas, servidores públicos e assalariados. Dono de uma história pessoal e política, marcada pela incessante luta em prol da justiça social e da igualdade, onde defende com garra os direitos dos cidadãos brasileiros e todos aqueles que, de alguma forma são discriminados em nossa sociedade”, declarou a petista.
História – Nono filho do casal Itália Ventura da Silva Paim e Ignácio Alves Paim, Paulo Paim, que nasceu no dia 15 de março de 1950, em Caxias do Sul (RS), começou a trabalhar muito cedo. Aos oito anos, amassou barro em uma fábrica de vasos, depois foi vendedor de quadros e marceneiro. Aos doze anos, auxiliou seu tio trabalhando na feira livre, em Porto Alegre. Após essa experiência, Paim iniciou o estudo no ensino técnico profissionalizante do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), vaga conquistada por seu pai.
Ao concluir o estudo, o caxiense iniciou sua vida profissional como operador metalúrgico profissional, lutando pelos direitos dos trabalhadores, levando-o a liderança sindical. Devido a força da ditadura da época, ao participar de uma passeata em defesa da democracia, perdeu o cargo de presidente.
Conhecendo cada vez mais a dificuldade dos desempregados, aposentados e trabalhadores, Paim passou cada vez mais a se envolver com o movimento sindical, tornando-se presidente do Sindicado dos Metalúrgicos de Canoas, da Central Estadual de Trabalhadores e Secretário Geral e Vice-Presidente da CUT Nacional.
Em 1986, foi eleito deputado federal para dar prosseguimento a sua luta pelos direitos da população, sendo o parlamentar mais votado da região Sul do país. Foi reeleito por quatro mandatos. A luta da Assembleia Nacional Constituinte foi um dos marcos de sua história. Em 2003 assumiu a vaga de senador, sendo eleito com mais de dois milhões e cem mil votos. Atuou como vice-presidente da Casa por dois anos e no biênio 2007/2008 assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH).
Em oito anos de Senado apresentou mais de mil propostas. Todas elas nasceram de um olhar atento à sua gente e se transformaram em ideias colocadas no papel, como se estivessem fecundando a terra, na esperança da colheita. É autor de várias leis, entre elas a Lei do Estatuto do Idoso (10.741/03) e da Lei 9.459/97, que prevê que crimes de racismo sejam inafiançáveis.
Em 2014, foi considerado o segundo senador mais atuante do país, recebendo o Prêmio Congresso em Foco. De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Paim é um dos “Cabeças do Congresso”, único parlamentar a figurar em todas as edições e com nota 10. Segundo o ranking do site Atlas Político, idealizado por dois doutores de Harvard, o senador aponta como o melhor do país.