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Cinquenta casais concretizaram o sonho do matrimônio na tarde dessa sexta-feira (15), em uma cerimônia civil e religiosa realizada no Quartel de Amaralina. A celebração é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) em parceria com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e com o Exército Brasileiro. Maquiadas e vestidas de branco, algumas com grinalda, as noivas se emocionaram no momento da marcha nupcial, da troca de alianças e do beijo.

“Esse é um dos dias mais felizes de minha vida. Se casar com o homem que foi o meu primeiro namorado e pai dos meus 13 filhos é a realização de um sonho”, disse Antonieta dos Santos, 67. Há exatos 55 anos, ela conheceu Ubiratan de Almeida, que tem a mesma idade que ela e juntos construíram uma família em uma relação duradoura. “Foi uma oportunidade de selar o que já foi construído todos esses anos”, completou Ubiratan.

Se para eles o casamento atestou uma relação longínqua, para Samay Rodrigues, 30, que casou-se com Márcio Rodrigues, 39, a cerimônia simbolizou o começo de um relacionamento que ela espera que também seja duradouro. “Só estamos reafirmando uma relação de muita paz e companheirismo que nós mantemos todos os dias”, afirmou a noiva, que há dois anos mora com Márcio e aproveitou a oportunidade para oficializar a relação.

Todos os casais passaram por um Centro de Referência da Assistência Social (Cras) que, por meio do Programa de Atendimento Integral às Famílias (Paif), viabilizou a oficialização da união em parceria com o TJ-BA. Noivos e noivas foram isentos de todas as taxas cobradas pelo casamento.

“A proposta é justamente fortalecer o vínculo dessas famílias, que muitas vezes sonham em se casar, mas não têm condições de arcar com as despesas que a cerimônia demanda. Uma noiva me disse que estava realizando um sonho de 30 anos. E isso é gratificante! Fazer esses sonhos se tornarem realidade e ver a emoção dos noivos. É um presente para as famílias”, afirmou a titular da Semps, Tia Eron.

“A gente considera que esse é também um evento de reparação racial, uma vez que resgata a dignidade e a autoestima do povo negro de Salvador. Essa é a primeira de uma série que será disseminada em cada bairro da cidade”, complementou Ivete Sacramento, secretária de Reparação Racial.

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