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Por G1

Em entrevista coletiva neste sábado (4) no Palácio do Planalto para apresentar o mais recente balanço sobre o avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que as pessoas que pegam Covid-19 desenvolvem imunidade à doença.

Ele também defendeu a aplicação de testagem maciça no país para, no futuro, liberar a circulação de quem não tiver mais a possibilidade de se infectar novamente.

Na apresentação – na qual não esteve presente o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta –, o secretário disse que “vamos ter uma parte da população que já vai estar com anticorpos e pode circular livremente pela sociedade” (veja, abaixo, outros destaques da coletiva).

“Essa parte da população já não vai ter mais possibilidade de transmitir a doença – e não existe, até o momento, nenhuma comprovação de que possa ter uma reinfecção. Somos favoráveis a isso. Eu não sabia desse termo [‘passaporte imunológico’], mas é o que estamos esperando. Elas [as pessoas] não vão nem adquirir nem transmitir a doença.”
O termo “passaporte imunológico” havia sido mencionado na pergunta que motivou o comentário de Gabbardo. Era uma referência a uma ideia citada mais cedo neste sábado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em videconferência com empresários do setor varejista organizada pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

Na ocasião, Guedes afirmou: “Hoje de manhã conversávamos com um amigo na Inglaterra que criou o passaporte de imunidade. Ele faz 40 milhões de teste. Ele coloca disponíveis para nós, brasileiros, 40 milhões de testes por mês”.

Segundo Guedes, a proposta já foi encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros Walter Souza Braga Netto (Casa Civil) e Mandetta.

Gabbaro disse ser “totalmente favorável” à proposta do ministro da Economia. “Os testes rápidos vão servir para isso. Queremos que o profissional de saúde, se ele estiver doente, se ele estiver com sintomas, ele pode sair do isolamento um pouco mais cedo, se a gente tiver a confirmação de que ele está com segurança imunológica para sair de casa e voltar para o trabalho”, explicou.

O secretário também disse que “86% [dos infectados] não vão ter sintomas, mas todo mundo vai ter contato”.

“O vírus vai se transmitir, e a gente imagina que pelo menos 50% das pessoas vão ter tido contato e vão criar imunização. Isso vai diminuir capacidade de transmissão, vai acontecer lentamente. O fluxo só reduz quando tem 50% das pessoas já imunizadas. Imaginar que, se ficar numa bolha sem contato com ninguém, não teríamos o vírus… Mas, no dia em que sairmos da bolha, vamos ter o vírus”, afirmou Gabbardo.
“86% nem vai saber que teve. Isso deixa de existir quando a gente tiver vacina, com imunidade natural adquirida e imunidade por vacina. Hoje queremos transmissão com velocidade baixa para que equipamentos de saúde possam dar conta. Tem outra variável aí que é o tratamento.”

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