No ano de 2011, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, na gestão do ex-prefeito João Henrique, resolveu transferir a sede do Distrito Sanitário do Subúrbio, da Rua Santa Luzia, localizada no bairro de Periperi, para a rua Dr. Almeida, próximo a UPA Adroaldo Albergaria, localizada no mesmo bairro. Até aí não existe problema nenhum.
Mas a prefeitura não devolveu a casa, que era alugada, ao proprietário. E mesmo assim, durante um bom tempo pagou o aluguel sem usá-la. E o contrato de aluguel tem o reajuste anual automático.
Quando o prefeito atual ACM Neto assumiu, em janeiro de 2013, a situação foi passada para o então secretário José Antônio Rodrigues Alves – pela Representante do Distrito, Silvia Dias Pimentel. Mesmo assim, o imóvel continuo sendo mantido, mesmo sem funcionar nada no local, pela Prefeitura.
Quando o secretário resolveu entregar a casa de dois andares, o proprietário não aceitou, devido as péssimas condições estruturais do imóvel e pela grande quantidade de pombos e fezes em todas as dependências.
A secretaria reconheceu a situação e prometeu realizar a limpeza e a reforma da casa para então devolvê-la. Mas até o presente dia, tudo não passou de promessas, e nada foi feito para resolver o problema. Essa situação lamentável já está passando dos cinco anos.
É uma situação que não traz prejuízo só aos cofres da prefeitura, mas deixa a vida dos vizinhos do imóvel em risco.
O que nos deixa mais abismados é saber que o problema está sendo causado por uma secretaria que tem como objetivo e obrigação alertar a população sobre os riscos decorrentes de imóveis abandonados e da proliferação dos pombos. Que podem transmitir inúmeras doenças que acometem os olhos causando cegueira, infecções no cérebro, dos pulmões e até os intestinos.
A equipe do Subúrbio News, visitou algumas casas que ficam ao lado do antigo distrito, e pôde conferir de perto a situação de risco que estão vivendo os moradores.
As paredes, gaiolas, blocos, cadeiras e o chão, estão tomados por fezes dos pombos. As casas tem que ficar com as janelas fechadas. É possível sentir o terrível mau cheiro que vem da casa ao lado e de comprovar a situação crítica do imóvel.
Será que a secretaria esqueceu que os pombos também transmitem doenças de caráter alérgico, fungos, bactérias, insetos e ácaros. E que entre as doenças que os vizinhos podem contrair estão a dermatites, criptococose, clamidiose, histoplasmose, salmonelose e a meningite. Para se ter ideia do perigo, a criptococose, traz problemas respiratórios e a meningite, é causada por um fungo presente nas fezes de pombos.
Salientamos que a prefeitura precisa tomar uma providência urgentemente. Estamos falando de vidas que estão em risco. E não são só os vizinhos não. As pessoas que passam pela rua também podem contrair algumas das doenças já mencionadas anteriormente. Pois, uma das formas de infecções é feita pelas vias respiratórias, ou seja, através da inalação das fezes secas depositadas nos mais variados lugares (janelas, chãos, e nas calçadas). Além disso, ainda existe a possibilidade da doença ser contraída através do piolho dos pombos que podem cair sobre as pessoas quando eles voam.
Os moradores não sabem mais a quem recorrer !!!
Segundo informações dos moradores funcionários do Distrito informaram que já contrataram três empresas para realizar os serviços, mas quando os representantes das empresas entram no imóvel e se deparam com a gravidade do problema, desistem imediatamente de fazê-lo.
Sendo assim, o proprietário resolveu entrar na justiça contra a Prefeitura.
Chamamos atenção do Prefeito ACM Neto, do secretário José Antônio Rodrigues Alves e do Ministério Público da Bahia, para que providências sejam tomadas com urgência, com o objetivo de resolver este problema que traz tanto problemas financeiros como deixa a vida da população em risco.
Ou será que terá que acontecer um óbito para que o problema seja resolvido ?
Perguntar não ofende, não é mesmo ?
Com a palavra as autoridades competentes.