Em referência ao Dia Mundial de Combate à Aids, que acontece hoje (01), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) deu início nesta terça-feira (1) à Semana Vermelha, evento que visa detectar e orientar pacientes portadores do vírus HIV. As ações ocorrem até o fim da semana em bibliotecas públicas da capital.
A abertura das ações ocorreu na Biblioteca Pública Thalles de Azevedo. A expectativa é que até amanhã (02) sejam orientados uma média de 200 pessoas no local. Na quinta e sexta-feiras, a ação terá continuidade na Biblioteca Central dos Barris. Já no domingo a mobilização será encerrada com um grande mutirão de testagem no calçadão da praia do Porto da Barra.
De acordo com a coordenadora do Laboratório Central do Município, Olivete Borba, a escolha dos espaços para a realização do evento foi estratégica. “Pensamos em atrair o público jovem, que hoje detém o maior número de infectados pelo vírus HIV. Nossa intenção é conversar, levar informação e orientá-los da melhor maneira, tanto na prevenção quanto no tratamento da doença”, destacou.
Teste rápido – Na ação, enfermeiros e bioquímicos realizam testes rápidos para detectar a existência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Além do vírus HIV, também podem ser identificadas doenças como sífilis e hepatite nos tipos B e C. Os testes duram em torno de 15 minutos, desde a retirada da amostra de sangue até o resultado.
Na disponibilização do resultado, profissionais treinados conversam em um ambiente reservado com cada paciente a fim de esclarecer dúvidas sobre sexualidade ou encaminhar o indivíduo portador do vírus para uma unidade de saúde. “Existe um cuidado na hora da entrega do resultado ao paciente. Nós dispomos de um profissional aconselhador, que fará a entrega e irá esclarecer dúvidas tanto das pessoas que tiveram a sorologia confirmada quanto dos indivíduos que não detém o vírus”, explicou Borba. Também são distribuídos nos locais panfletos informativos e preservativos.
Tratamento – Segundo dados da SMS, o número de jovens com idade entre 15 e 19 anos portadores do vírus HIV dobrou comparado com o percentual de 2013 em Salvador. Outro fato importante é que 60% dos casos de sorologia positiva do estado se encontram na capital. Todos os pacientes que tiverem a sorologia confirmada na ação ou apresentarem alguma outra doença serão encaminhados para unidades de saúde que realizam o tratamento adequado.
“Nas unidades, a exemplo do Centro de Saúde da Liberdade, nós dispomos, além do tratamento medicamentoso um acolhimento terapêutico, realizado por infectologistas e psicólogos. É lá que o paciente encontra todo o suporte para dar continuidade ao tratamento. O foco da campanha não é só descobrir a doença, mas é também tratá-la”, disse a coordenadora.