“Não se perca de mim; Não se esqueça de mim; Não desapareça”. Os versos festivos de Caetano Veloso trazem umapreocupação de pais, crianças e adolescentes durante o carnaval: o risco de se perder. Ciente da vulnerabilidade dos menores, uma das ações do Governo do Estado, através da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos, e Desenvolvimento Social – SJDHDS, visa minimizar esse risco com a distribuição de pulseiras de identificação para o público infanto-juvenil.
Nome, endereço, telefone e contato dos responsáveis. Essas informações básicas estarão nas pulseiras distribuídas pela SJDHDS entre quinta e terça-feira de carnaval. Os agentes da Secretaria e do Cedeca (Centro de Defesa Criança e Adolescente da Bahia) estarão espalhados nos três circuitos (Barra-Ondina, Campo Grande e Pelourinho) em busca ativa pelas crianças e adolescentes.
Para o secretário de Justiça, Direitos Humanos, e Desenvolvimento Social, a ação mostra um cuidado a mais com as criançasdurante a folia. “O carnaval é essa festa linda, mas que tem grandes aglomerações e, às vezes, num descuido, a criança pode se perder. Aí, a pulseira entra como elemento de apoio para que a situação se resolva da forma mais rápida possível”, destacou Carlos Martins.
A ação tem o apoio da Plan International Brasil – Organização Não Governamental que desenvolve programas e projetos com o objetivo de capacitar e empoderar crianças, adolescentes e suas comunidades. “Além da identificação na criança, é importante que o responsável evite áreas com multidões, sempre dê a mão e, apesar da festa, evite exageros e empolgação que faça perder a atenção na criança”, pontuou a gerente de projetos da Plan na Bahia, Sara Oliveira.
Cuidado com crianças vai além das pulseiras
Durante a ação com agentes da SJDHDS e Cedeca, as crianças que forem encontradas sem acompanhantes ganharão uma pulseira, serão identificadas e levadas ao Conselho Tutelar. Já filhos de ambulantes e trabalhadores envolvidos na festa, que estejam em condições que violam o Estatuto da Criança e do Adolescente, serão identificados e recolhidos para Espaços Temporários de Convivência, onde serão atendidos por equipes multiprofissionais.
Nos espaços, serão oferecidas condições de acolhimento temporário, alimentação, higiene e atividades lúdicas e pedagógicas. Eles funcionarão em quatro locais. No Centro, crianças e adolescentes entre 7 e 17 serão recebidos no Colégio Estadual Mario Augusto Teixeira de Freitas, em Nazaré. Já as crianças entre 0 e 6 anos terão acolhimento na Escola Estadual Senhor do Bonfim, nos Barris. No circuito da Barra-Ondina, as crianças de 0 a 6 anos serão encaminhadas à Creche Calabar, enquanto crianças e adolescentes na faixa de 7 a 17 irão para o CIAC, em Ondina.