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Desde o início de março, 41 macacos foram capturados na capital, mortos ou aparentemente doentes, para realização de exames laboratoriais de detecção da febre amarela. Desse total, seis foram confirmados com infecção pelo agravo, três tiveram diagnóstico descartado para patologia, enquanto outros 32 aguardam resultados dos exames. Os casos positivos foram identificados em Ilha Amarela, São Tomé de Paripe, Vila Laura e Itaigara (03).

“Geralmente a população encontra o animal morto, doente ou ferido e informa  a situação para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Também contamos com o auxílio da Limpurb, Guarda Municipal e Ibama na identificação desses bichos. Dos macacos mortos são retiradas as vísceras para análise das causas dos óbitos, já os vivos são extraídas amostras de sangue para averiguar se há ou não infecção pela febre amarela”, afirmou doutora Isabel Guimarães, coordenadora de Vigilância à Saúde, explicando ainda que os animais vivos são encaminhados para Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama (CETAS), onde ficam em observação até o resultado dos exames. As amostras são enviadas para o Laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, onde são feitas as análises.

Após a identificação dos macacos com suspeita do agravo, equipes do CCZ são destacadas de imediato para os locais onde os bichos foram encontrados para realização do bloqueio espacial com borrifação de inseticida com o intuito de eliminar possíveis mosquitos infectados. “Independente do resultado laboratorial enviamos agentes de endemias para aplicação de inseticida no entorno da localidade onde o animal foi achado. A estratégia visa reduzir as chances de vetores infectados circular, acabando assim com a cadeia cíclica da doença”, pontuou Isabel Guimarães.

A gestora também tranquilizou a população pois não foram registradas ocorrências da patologia em humanos no município. “Vale destacar que não há registro de febre amarela em humanos em Salvador. Um dos transmissores da doença é o mosquito Aedes aegypti, um velho conhecido nosso que também é causador da dengue, zika e chikungunya, e a melhor forma de para evitar o avanço das arboviroses é combatê-lo”, finalizou. O cidadão que encontrar um macaco morto ou com comportamento estranho pode entrar em contato com o CCZ através do telefone 3611-7330 ou 3611-7331.

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