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Um marco histórico. Na segunda-feira (20), a drag queen Saphyra Luz foi eleita a primeira Rainha LGBTQIA+ do Carnaval de Salvador. Realizado no Palco Multicultural, na Praça Thomé de Souza, no Centro Histórico, o concurso contou com boa participação do público e premiou a vencedora com um cheque de R$ 1,5 mil.

Organizada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a competição foi voltada para pessoas trans, travestis, não-binárias e drag queens e avaliou itens como performance, alegria, empatia e simpatia, aos moldes das tradicionais escolhas do Rei Momo e da Rainha do Carnaval.

Em seu discurso como Rainha do Carnaval, Saphyra Luz agradeceu aos jurados e ao público presente no local e expressou felicidade: “É uma honra representar essa classe. Estou carregando o peso de muitas que vieram antes, que estão comigo e que vêm depois de mim. Ser a primeira, para mim, é uma honra. Estou muito feliz”, disse.

Drag queen há oito anos, Saphyra Luz aproveitou para reforçar a importância do concurso no combate à LGBTQIA+fobia. “Usamos esse espaço em pleno Carnaval para conscientizar a população. Costumo dizer que uso a minha arte, a minha cor e o meu brilho para dar um tapa na cara do preconceito. É dessa forma que vou levando a palavra”, pontuou.

O evento, apoiado pela Prefeitura de Salvador, também desembolsou R$ 1,2 mil para a segunda colocada, Yara Sereya. Já Isabela Iasminy, que ficou na terceira posição, levou R$ 1 mil para casa.

Público – Para o professor Erlon Santos, 47 anos, a escolha do palco foi importantíssima pois permitiu que o evento furasse o nicho e alcançasse o público geral.

“Acho super importante trazer esses eventos para a programação do Carnaval de Salvador, pois envolve todo o público, não só a comunidade LGBTQIA+. Fura barreiras e promove respeito e dignidade para pessoas que são muitas vezes marginalizadas”, afirmou.

Morador de Salvador há cinco anos, o humorista Luís Salém, reconhecido por grandes atuações em programas de TV, esteve presente para acompanhar a competição. Durante o concurso, o ator ressaltou o caráter agregador da festa soteropolitana. “Esse evento confirma que o Carnaval de Salvador é diverso. É a festa de aceitação, diversão e respeito. Espero que venham outros concursos, com mais público e competidoras”, afirmou.

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