No período de chuvas em Salvador, que compreende os meses de abril a junho, é preciso tomar cuidado com o banho de mar. Nessa época, as correntes marítimas e as correntes de retorno ficam mais fortes, devido aos ventos, fazendo com que os banhistas fiquem mais suscetíveis ao afogamento.
Uma dica importante da Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), é dobrar a atenção com as crianças. “Os pequenos têm o sistema imunológico em formação, por isso, eles estão mais vulneráveis a contrair hepatite, dermatites, infecções de pele e leptospirose entre outras patologias comuns ao período”, afirma João Luís Moraes, coordenador da Salvamar.
O ideal, segundo Moraes, é evitar o banho de mar durante esses meses. Mas, se a opção é ir à praia, é fundamental que o banhista procure um local que tenha salva-vidas e se informe sobre as condições do local. O profissional de salvamento marítimo está apto a passar informações seguras sobre a área ideal para o banho, além de estar preparado para qualquer eventualidade. Vale a pena também observar a tonalidade da água, o odor do mar e tomar banho em locais afastados de onde desaguam as águas pluviais.
Registros – De janeiro ao início de maio deste ano, o órgão registrou 502 ocorrências no trecho entre o Jardim de Alah e Ipitanga, entre as quais 448 foram resgates. Nesse período, foram registradas três mortes por afogamento nas praias de Piatã, Jaguaribe e Itapuã (Pedra do Sal). Neste mês de maio, as praias com maior número de incidentes registrados foram Piatã e Jaguaribe. Em 2018, foram registradas 990 ocorrências e três mortes.
A Salvamar tem um efetivo de 241 salva-vidas, na extensão que vai do Jardim de Alah a Ipitanga, distribuídos por 32 mirantes e seis barracas móveis. Os postos da Salvamar funcionam no período de 8h às 18h, exceto quando há treinamento dos colaboradores – nestes dias, a operação começa às 9h.