Salvador sedia, até amanhã (26), no Instituto Anísio Teixeira, o I Workshop da Rede de Transexuais do Nordeste. O segundo dia do encontro (25) promovido pela Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil contou com a participação de Paulett Furacão, servidora da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Justiça Social), que na ocasião falou sobre as ações desenvolvidas no âmbito do governo do Estado, no intuito de promover a cidadania e direitos do segmento LGBT.
Paulett elencou ações voltadas à capacitação de travestis e transexuais, a exemplo do curso de auxiliar administrativo que possibilitou às participantes vivência em rotinas administrativas e o conhecimento do funcionamento da máquina pública. Essa iniciativa foi apontada como uma das mais importantes para ampliar oportunidades e campo de atuação profissional do segmento. “A prostituição deve ser uma opção de trabalho para qualquer pessoa, mas não a única alternativa para ganhar a vida”, afirmou ela, que foi a primeira transexual empossada em um cargo público no Estado.
Campanhas educativas com o intuito de sensibilizar a sociedade baiana para o enfrentamento da homofobia, as palestras em ambientes escolares incentivando a mudança de paradigma e quebra de preconceito e as visitas às unidades prisionais com o intuito de conhecer a realidade do público LGBT foram outras ações do governo do Estado destacadas no encontro.
De acordo com a técnica da Secretaria de Saúde do Estado, Guida França, o workshop que reúne travestis e transexuais de todos os estados do nordeste é importante no combate a qualquer tipo de discriminação em defesa da política para o segmento nos três níveis de governo. “Não existe saúde sem transversalidade” disse.
Já a professora transexual Saionara Nogueira falou sobre o trabalho Corpo, Gênero e Sexualidade nas Escolas, realizado com estudantes da rede pública de Minas Gerais. A metodologia aplicada pela docente trabalha com conceitos como identidade sexual, gêneros e valores e afetividade e sexualidade. “Nesse estudo, procuramos explicar, por exemplo, conceitos de gênero sobre o ponto de vista biológico e do social e histórico”, disse.
