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Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o número de óbitos registrados em decorrência ao consumo de cigarro em todo planeta chaga a 10 mil mortes por dia. O estudo indica ainda que o tabaco é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que não fuma, mas convive com fumantes.
Apesar dos números alarmantes, o Ministério da Saúde destaca Salvador como a capital brasileira com o menor índice de fumantes, com uma incidência de 5,2% da população acima de 18 anos com a prática. Isso é resultado do intenso trabalho realizado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, que somente no ano passado tratou mais de 1,5 mil pacientes.
“Nosso objetivo é reduzir a prevalência de fumantes em nossa cidade e, consequente, a mortalidade por doenças relacionadas ao tabaco. Um paciente que deixa de fumar impacta na qualidade de vida de inúmeras pessoas à sua volta, como amigos, familiares e colegas de trabalho que, de alguma forma, sofriam os prejuízos da prática por serem fumantes passivos”, explicou Carla Germiniana, técnica do Campo Temático do Controle do Tabagismo.
Atualmente, 45 unidades de saúde da rede municipal fazem parte do programa de controle do tabagismo. O cidadão que quiser se livrar do vício deve procurar um dos postos portando um documento oficial de identificação com foto e cartão SUS para preenchimento do cadastro. Depois disso, os dependentes passarão por uma avaliação clínica e entrevistas individuais para estimar o grau de dependência química e psicológica. A partir daí, participarão de sessões individuais e em grupo para discutir as doenças relacionadas ao tabaco e as vantagens de se parar de fumar. O tratamento dura, em média, três meses e os pacientes que tiverem necessidade serão encaminhados também para o uso de medicamentos.

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