O período de primeiro a 30 de outubro desse ano teve uma redução de 18,5% no número de assaltos a ônibus, comparando com o mesmo período do ano anterior, em Salvador. Foram 236 ocorrências no ano passado, contra 176 nesse mês. Os números seguem a tendência de queda já registrada no segundo semestre de 2017.
De acordo com o delegado titular do Gerrc, José Nélis, mesmo com todas as adversidades, a atuação conjunta e esforço de policiais civis e militares começa a apresentar resultados. “As imagens das câmeras de segurança dos coletivos, por exemplo, são muito ruins, isso quando estão funcionando. E isso dificulta o trabalho de identificação dos assaltantes” afirma Nélis, lembrando que as ações de inteligência, localizando bocas de fumo onde os assaltantes trocam os celulares roubados por drogas, por exemplo, vem resultando em diversas prisões.
Para efeito comparativo, o delegado revela que em Recife, de 1o a 27 de outubro foram 235 assaltos, e a capital baiana, no mesmo período teve 139. “É um problema nacional, mas pesquisando outras capitais de mesmo porte, Salvador tem apresentado boas reduções. O acumulado de Recife esse ano já soma 3.221, enquanto aqui tivemos 2.293, por exemplo”, compara o delegado, lembrando que o trabalho das polícias é incessante, e que outras instituições, como as empresas de ônibus, o poder Judiciário e o legislativo, precisam se engajar mais nesse enfrentamento.
“Vamos persistir nesse trabalho de combate aos criminosos que agem no transporte coletivo. A população pode ter certeza que estaremos sempre ao seu lado”, disse o Major Gabriel Neto, comandante da operação Gemeos, unidade da PM especializada no combate a roubo em coletivos. Para ele, a reincidência dos criminosos é um dos principais problemas desse tipo de crime, pois muitos são presos e soltos em poucos dias, voltando as ruas para cometerem o mesmo delito.
Outra questão destacada pelo major, e também pelo delegado José Nélis, que dificulta o trabalho da polícia é a utilização de simulacros de armas de fogo pelos marginais, pois quando são flagrados, por conta da legislação penal, acabam não ficando detidos. “Ela só fica presa se também for pega com drogas, por exemplo, mas só pelo simulacro, é liberada e acaba voltando as ruas para cometer mais crimes”, explica Nélis.
Fonte: Ascom / Mateus Ribeiro