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O ex-diretor do grupo J&F Ricardo Saud chegou à sede da Polícia Federal em Brasília na tarde desta sexta-feira (16) para prestar depoimento no inquérito que tem o presidente Michel Temer entre os investigados.

Delator da Lava Jato, Saud é interrogado pelo delegado Cleyber Malta Lopes, que conduz o processo que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto, por Temer, relacionado ao setor de portos.

Este decreto, pelas investigações, teria beneficiado a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos (SP). Temer e a Rodrimar negam a acusação.

Em 10 de janeiro, Ricardo Saud também foi levado à PF para interrogatório, mas ficou em silêncio durante as cerca de três horas de questionamentos dos investigadores.

Preso no complexo penitenciário da Papuda desde setembro do ano passado, o ex-diretor da J&F teve o acordo de delação premiada suspenso pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suspeita de omissão de informações nos depoimentos.

O dono do grupo J&F, Joesley Batista, também teve a delação suspensa, pelo mesmo motivo.

Nesta quinta (15), Joesley depôs à PF, em São Paulo, no mesmo inquérito. Aos investigadores, ele disse que fez gesto de “dinheiro” com os dedos durante um encontro que teve com o presidente Temer em março do ano passdo no Palácio do Jaburu.

Fonte: G1

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